quinta-feira, 12 de junho de 2008

Os X-Men 08: A incrível ameaça de... Unus, o intocável!

“A incrível ameaça de... Unus, o intocável!”
(The X-Men 08, novembro de 1964)

Roteiro: Stan Lee.
Desenhos: Jack Kirby.
Arte-final: Chic Stone.
Marvel Comics.

Apesar de terem se “formado”, os X-Men continuam seu treinamento intensivo. Jean Grey, por exemplo, aperfeiçoa arduamente seus poderes telecinéticos... fazendo tricô! Ah, essa época inocente... tudo bem que colocando a linha nos buraquinhos, tal qual quer nos mostrar o desenho, se mostre uma tarefa difícil de ser concretizada, mas não me convence.

O Homem de Gelo finalmente muda sua forma. Seu corpo agora é cristalino de modo que agora podemos dar adeus ao antigo “Boneco de Neve”. Essa forma cristalina vestindo um calção será a aparência do herói daqui em diante, pouco mudando com o passar dos anos.

Enquanto convivem entre si, Ciclope e Jean Grey mostram-se apaixonados um pelo outro. O problema é que nenhum dos dois cria coragem para revelar seus sentimentos.

Nas ruas de Greenwich Village (novamente), o Hank (Fera) e Bob (Homem de Gelo) vêem um garoto encima de uma caixa d'água correndo risco de queda. Usando seus poderes de super-agilidade e aderência, o Fera salva o garoto. Mas como suas habilidades extraordinárias são reveladas ao público que presencia a cena, os dois são quase linchados pelo ódio que as pessoas “normais” sentem pelos mutantes.

Revoltado com a situação, Hank decide abandonar os X-Men. Ciclope tenta contatar o Professor Xavier para ver se este lhe dá alguma dica do que fazer, mas este se diz ocupado nos Balcãs (Europa), procurando Lúcifer. A próxima edição revelará o ocorrido com o Professor X.

O Fera se transforma em um lutador e logo de cara enfrenta Unus, o intocável, um mutante com um campo de força ao seu redor. Depois de não conseguir tocá-lo em nenhum momento, Unus vence facilmente a luta e é sondado pelo Mestre Mental. Unus quer se unir à Irmandade de Mutantes, mas o Mestre Mental diz que Magneto quer alguma prova de que Unus possa fazer jus a isso, depois da decepção com Blob (na edição passada). E o desafio escolhido é... derrotar os X-Men!

Francamente... toda a Irmandade de Mutantes foi derrotada por diversas vezes, e pior, consecutivamente, ao longo das primeiras edições da revista e agora esse bando de perdedores quer que uma pessoa só derrote todos os X-Men! Mas até que Unus se sai bem e os derrota.

Os X-Men voltam ao instituto e encontram Hank (Fera) novamente vestindo seus trajes de X-Man e construindo uma arma capaz de aumentar os poderes de Unus. Desconfiados sobre quais seriam as verdadeiras pretensões do outrora amigo Fera, os X-Men tentam impedi-lo, mas assim que surge novamente a ameaça de Unus nas ruas da cidade (ele fica com um dinheiro roubado de ladrões de banco), o grupo vai ao seu encalço e leva o suspeito Fera (e sua máquina recém-construída) junto.

Fera dispara então sua arma contra Unus que realmente potencializa seus poderes. Mas o que ocorre é que agora Unus não consegue tocar absolutamente nada, de um simples cigarro à uma refeição. Ou seja, com o passar do tempo morreria por inanição. Assim, Unus promete ao Fera não fazer mais maldades, e então o efeito da arma é desativado. Fera promete usá-la novamente se Unus voltar a delinqüir. Fim de história.

Unus não é nem de longe um dos inimigos mais notórios que os X-Men já enfrentaram. Vira e mexe ele retorna (sua próxima aparição será em The X-Men 20), mas é um vilão de quinta categoria com um poder nenhum pouco engenhoso e pouco potencial de ser bem desenvolvido. Outrossim, a presença do Mestre Mental chega a dar um calafrio no leitor, já que não seria nada agradável ver mais uma edição da Irmandade contra os X-Men (com o adicional de Unus). Ficaria incessantemente repetitivo (aliás, já estava). Ainda bem que isso não aconteceu.

Por mera curiosidade, o uniforme de Jean perde as franjas e volta ao que era originalmente.

Enfim, uma edição apenas razoável, sem muitos reflexos para o futuro da equipe.

Abraço!

Primeira aparição: Unus, o intocável.

Os X-Men 07: O retorno de Blob!

“O retorno de Blob!”
(The X-Men 07, setembro de 1964)

Roteiro: Stan Lee.
Desenhos: Jack Kirby.
Arte-final: Chic Stone.
Marvel Comics.

A história começa com os X-Men, juntamente com o seu mentor, o Professor Xavier, posando para uma foto de formatura. Aparentemente, há uma mistura de conclusão de segundo grau com o treinamento dos mutantes como heróis (em The X-Men 05 era apenas o “final do treinamento”, para não contradizer com essa história).

As personalidades dos integrantes do grupo parecem começar a tomar forma, pelo menos no que se refere ao Fera e ao Homem de Gelo. O primeiro continua falando de forma eloqüente (começou na terceira edição), enquanto o segundo age de modo fanfarrão.

Xavier avisa seus alunos que precisará se ausentar por uns tempos e que nomeará um dos X-Men como o novo líder. De forma bastante previsível, ele escolhe Ciclope e o leva há uma sala até então proibida aos alunos. Nela, ele mostra Cérebro, uma máquina capaz de detectar mutantes. Até mesmo quem não possui poderes telepáticos pode usar a máquina.

A maneira como Cérebro é apresentado aqui é bastante simples. Uma luz acende quando um mutante conhecido está causando problemas... ou algo assim (veja adiante o que acontecerá). Apesar da cena mostrar que Ciclope é o primeiro a ver essa ala do Instituto, edições futuras mostrarão que Jean Grey já viu um protótipo da máquima detectora de mutantes.

Entrementes, o Mestre Mental tenta seduzir a Feiticeira Escarlate com seus poderes, mas consegue apenas manter o desdém que ela sente por ele. Também é mostrada a rebeldia que este sente por Magneto e, com relação à Feiticeira Escarlate e Mercúrio, mais uma vez é ressaltado que eles pertencem à Irmandade de Mutantes apenas por conta de uma dívida que possuem com Magneto.

Magneto vai até o circo onde Blob trabalha e tenta recrutá-lo para a Irmandade. Como este recusa, os dois começam uma briga até Blob ser arremessado por Magneto, bater a cabeça e se lembrar de todo o ocorrido em The X-Men 03. Assim, ele se junta à Irmandade de Mutantes.

Curiosamente, Ciclope descobre até mesmo que Blob se lembrou de tudo e que se uniu à Irmandade apenas por uma luz piscando ao lado do seu nome escrito na mesa ligada ao Cérebro! Essa é a função de cérebro, pelo menos nessa edição. É curioso saber o quanto uma luz acesa revela tanta coisa!

Atento ao perigo, Ciclope chama seus amigos que estavam em um café na região de Greenwich Village (segundo a nota da edição nacional, “quartel general” não oficial da contracultura). Em The X-Men 14 será revelado o nome do Café como sendo Coffee-A-Go-Go, e lá é também onde vemos pela primeira vez Zelda, a namorada de Bob (Homem de Gelo) que trabalha no Café como garçonete.

Recrutados, mais uma vez uma nova batalha se inicia entre os X-Men e a Irmandade de Mutantes! Único diferencial: a presença de Blob. Depois de ser atingido por torpedos lançados por Magneto, Blob abandona o grupo e decide voltar ao circo, sem se unir a qualquer dos lados.

E assim, mais uma edição da revista se encerra mostrando pouquíssima criatividade por parte Stan Lee no que se refere aos X-Men. O único ponto que pode ser aproveitado da edição é a máquina Cérebro, que será um elemento importante na história dos X-Men.

Os desenhos de Jack Kirby continuam bastante limpos e agradáveis para os padrões da época (não é a toa que ele é o Rei) e, apenas como detalhe curioso, o uniforme de Jean Grey (a Garota Marvel) é novamente alterado, deixando as franjas do cabelo da personagem de fora da máscara.

Abraço!!

Primeira aparição: Cérebro (máquina detectora de mutantes).

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Os Leões de Bagdá.

Os Leões de Bagdá.

Roteiro: Brian K. Vaughan.
Arte: Niko Henrichon.
DC Comics / Vertigo.

O texto a seguir foi retirado do site da Panini Comics. Logo após, tecerei minhas impressões e farei comentários sobre a obra:

O escritor Brian K. Vaughan, durante um painel de divulgação da graphic novel em uma convenção nos EUA, tentou definir OS LEÕES DE BAGDÁ em apenas uma única frase: "É a Guerra do Iraque sob o ponto de vista dos animais". Os bichos falantes que protagonizam este especial, no entanto, servem somente para dar forma às muitas perguntas que o próprio Vaughan tinha sobre a ocupação norte-americana no Iraque. Tentando evitar respostas prontas que pudessem ser enfiadas goela abaixo do leitor, ele encontrou a narrativa ideal em 2003, ao ler a notícia a respeito de quatro leões que fugiram do zoológico de Bagdá após um dos primeiros bombardeios dos aviões ianques. Aqueles enormes felinos, perdidos e confusos, famintos mas finalmente livres, seriam seus protagonistas.

OS LEÕES DE BAGDÁ é uma parábola, uma bela fábula na melhor tradição de Esopo – mas que, apesar do visual do jovem filhote Ali, não pode em nada ser confundida com O Rei Leão ou demais produções da Disney. Nesta obra, a inspiração mais clara do roteirista é mesmo o clássico A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Quando um pássaro anuncia que o céu está caindo, Ali e seus companheiros Zill, Safa e Noor descobrem os caças F-18 singrando os céus da cidade. Os tratadores do zoológico parecem estar misteriosamente abandonando o local, e deixam na cova dos leões uma última e farta refeição. Logo depois, uma bomba explode violentamente, abrindo passagem para o mundo exterior.

Para onde eles devem ir? Do que vão se alimentar a partir de agora? Que preço terão que pagar pela oportunidade de rugir livremente sem estar por trás das grades? Questionando a verdadeira natureza da liberdade, eles cruzam o caminho de diversos outros animais e trocam experiências sobre a guerra – como no caso de uma tartaruga que sobreviveu às primeiras batalhas no Golfo e que revela um estranho óleo vindo das profundezas da Terra, se espalhando pelo ar e pelo mar enquanto os humanos combatem entre si. Em breve, este bando de reis da selva descobrirá que a cidade deserta é, na verdade, uma realidade muito mais turbulenta e caótica do que as savanas das quais eles se recordam em seus gloriosos tempos de caçada.


Crítica:

Vou aproveitar que ainda estou "atordoado" pela emoção que tive ao terminar de ler a Graphic Novel Os Leões de Bagdá e farei essa resenha, quebrando a continuidade das histórias dos X-Men (não se preocupem, elas voltarão a seguir). Deixei o texto acima tal como consta no site criado pela Panini, editora nacional que publicou a obra, para que eu pudesse fazer minha análise da obra sem precisar descrever a trama.

Como o próprio autor Brian K. Vaughan espera, cada pessoa reage de uma forma diferente à essa história. Não há uma visão única sobre o que ela reflete. A "verdade" por trás desses animais antropomorfizados, tanto com relação às suas personalidades quanto com relação ao caminhos que decidem traçar, é uma síntese daquilo que conseguimos captar da Guerra do Iraque.

E o valor aqui traçado é o preço da liberdade, tema que me fascina. Como definir a liberdade dentro de uma sociedade organizada politicamente? A maioria das nações civilizadas sempre possuem um grau maior ou menor no que se refere ao reconhecimento das liberdades públicas. Enfim, quais são os seus limites?

Os leões que nos são apresentados possuem personalidades diferentes uns dos outros e isso será importante para reconhecermos que, no plano dos ideais, cada "mente pensante" possui uma maneira única de ver as coisas. Cada personagem central dessa obra sintetiza um ideal, sem que se possa generalizá-los ao extremo uma vez que ainda haveria possibilidades de outras variantes.

Zill, o líder do grupo e conformista com o status quo político do "país"; Safa, a mais experiente que não acredita em mudanças radicais e crê que o melhor caminho é a aliança; Moor, a leoa revolucionária; e Ali, o filhote inexperiente que se deslumbra com o desconhecido.

O paralelo que faço desses quatro leões é que os muros que os prendem no zoológico significa o regime ditatorial de Saddam Hussein no Iraque. Assim, vejo-os como cidadãos iraquianos, vivendo dentro das regras rígidas daquele país. Mas cada um deles possui sua visão sobre o que significa viver dentro desse regime, mesmo que nenhum deles possa fazer nada para alterá-lo.

Assim que os muros são destruídos pelo exército norte-americano, esses leões (ou civis, dependendo do ponto de vista) são colocados em "liberdade" e aí começa o questionamento do quão pacificador ou justificável foi essa Guerra. Não há uma resposta pré-definida para isso, afinal de contas toda guerra possui um significado multifacetado, dependendo muito do ponto de vista político e ideológico de cada observador.

Com destruição por todos os lados, os leões também passam por todas as dificuldades de quem está no seio do conflito, correndo riscos e dependendo muitas vezes de medidas drásticas para poderem sobreviver. Exemplificando, a cena da criança cheia de sangue que os leões encontram na cidade, é um momento dramático que remete ao canibalismo nos momentos de extrema necessidade. Claro, tudo isso no meu ponto de vista. Há quem nem tenha percebido isso ou até mesmo quem discorde.

Alianças entre as "espécies" (ou etnias), instinto de sobrevivência, seqüestro, "legítima defesa", tudo isso é mostrado por meio de uma metáfora belissimamente ilustrada por Niko Henrichon. O ambiente caótico da cidade destroçada é muito bem retratado e não há economia de páginas quando o ilustrador quer causar um impacto no leitor. O resultado é fascinante.

Enfim, uma leitura altamente recomendada a todos.

Abraço!

Os X-Men 06: Namor entra para a Irmandade de Mutantes!

“Namor entra para a Irmandade de Mutantes!”
(The X-Men 06, julho de 1964)

Roteiro: Stan Lee.
Desenhos: Jack Kirby.
Arte-final: Chic Stone.
Marvel Comics.

Deixei passar que na edição passada o Homem de Gelo abandona suas famigeradas botas e, por curiosidade (antes que eu me esqueça), em The X-Men 08 ele adotará o visual que o marcou (menos parecido com um boneco de neve). Nesta edição, por sua vez, a Garota Marvel usa uma máscara diferente do seu uniforme (a máscara tem pontas e lembra um pouco o visual que ela adotará quando os X-Men usarem uniformes diferentes uns dos outros).

Após um súbito interesse simultâneo por Namor, tanto da parte de Xavier quanto de Magneto, os dois partem em busca desse suposto mutante.

De forma totalmente discrepante dos seus poderes, Magneto usa sua forma astral(!!!) para poder contatar Namor no fundo do mar. Não perguntem o que controlar o magnetismo tem a ver com projetar forma astral. Coincidentemente, Xavier adota a mesma tática mas Magneto chega antes e, corrompendo um súdito de Namor, este parte em direção à Ilha de Magneto.

Com o uso de um barco, os X-Men vão atrás novamente de Magneto e sua Irmandade de Mutantes na ilha do vilão. O resto é totalmente previsível: mais batalhas entre os X-Men e a Irmandade (está ficando chato) agora com a ajuda de Namor.

Detalhe curioso: Namor quase se interessa pela Feiticeira Escarlate (usada por Magneto para atraí-lo pro seu bando), mas depois da decepção com Sue Storm (a Garota Invisível na época), ele resiste à tentação.

Durante a fuga, Magneto mais uma vez mostra que ninguém está acima dos seus interesses imediatos. Ele abandona seus aliados sem piedade, mas ao mesmo tempo reconhece que eles só estão ao seu lado por medo e não por lealdade.

Depois de perder a aliança com Namor, Magneto tenta matá-lo com seu Imã Gigante, mas Namor consegue golpear o chão de modo a destruir a geringonça do mestre do magnetismo.

Silenciosamente, Namor deixa a ilha e volta para as profundezas do mar, provavelmente decepcionado com os dois lados. E Magneto e sua turma novamente escapam ilesos.

Stan Lee definitivamente não havia definido direito quais seriam os poderes de Magneto. Nas primeiras aparições, ele podia fazer praticamente tudo, de voar a projetar um campo de força impenetrável. Até aí, tudo bem. De modo muito grosseiro, "cientificamente" é possível. Mas agora, sem mais nem menos, ele descreve Magneto “cujo poder mental só é menor que o do Professor Xavier”?!? Onde ele queria chegar com isso?

Então devemos concluir que além de controlar o magnetismo, Magneto também é telepata? Não é o que parece, ao basearmos nas incontáveis aparições do vilão nas edições seguintes. Mais esse desleixo (vide o primeiro na segunda edição) é ignorado por todos a partir de então.

Os desenhos de Jack Kirby continuam os mesmos, mas a diferença que Chic Stone dá em sua arte-final é gritante em relação às edições feitas por Paul Reinman. Como disse na postagem anterior, prefiro muito mais o trabalho do Reinman.

Terceira edição consecutiva de X-Men versus Irmandade de Mutantes. O único diferencial: participação de Namor.

Não é a toa que dizem que as edições dos X-Men da Era de Prata eram muito fracas. Mas têm coisas que se salvam dessas histórias. Aguardem.

Abraço a todos!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Os X-Men 05: Armadilha para um X-Man!

“Armadilha para um X-Man!”
(The X-Men 05, maio de 1964)

Roteiro: Stan Lee.
Desenhos: Jack Kirby.
Arte-final: Paul Reinman.
Marvel Comics.

Após voltarem para casa, com o Professor Xavier supostamente debilitado de seus poderes mentais, os X-Men recebem uma inesperada visita dos pais de Jean Grey, a Garota Marvel.

Na ocasião, depois de alguns momentos forçados para criar um clima de tensão sobre a identidade secreta do grupo, como a tentativa da mãe de Jean de tirar os óculos do Ciclope e deste ficar preso na Sala de Perigo lutando com o sistema de treinamento do Fera, o Sr. e a Sra. Grey se despedem dos X-Men e comemoram o fato da filha estar matriculada naquele instituto (mal sabem eles que estão sendo enganados até pela filha, mas a “causa” justifica). Detalhe: os nomes iniciais dos pais de Jean só seriam revelados anos mais tarde em Uncanny X-Men 105.

Enquanto isso e, não por coincidência, o Mestre Mental ronda a região mas não consegue identificar o “esconderijo” do grupo. E é aí que somos apresentados ao Asteróide M, a base de Magneto em órbita da Terra.

Após essa tentativa frustrada de encontrar os X-Men, Magneto cria um novo plano. Disfarçado de um corredor, Groxo vence com facilidade uma prova de corrida que gera reações violentas dos que estavam presenciando a competição. Agora sim os mutantes são retratados como seres perseguidos e discriminados, ao contrário da segunda edição em que o Anjo é cortejado por donzelas.

Com o pânico instaurado, os X-Men desconfiam que o corredor se trata de um mutante e, por isso, correm em seu auxílio. Assim que descobrem que se trata de um de seus inimigos, ocorre uma pequena batalha dos X-Men contra a Irmandade de Mutantes e, nisso, o Anjo é capturado. Groxo, por sua vez, é deixado para trás.

Enquanto os X-Men arrumam um jeito de chegar até a base de Magneto para salvar seu amigo, Anjo é torturado para revelar onde fica a base dos X-Men.

Numa atitude no mínimo estranha, Groxo age como se estivesse desacompanhado e chama uma nave para levá-lo de volta ao Asteróide M. Os X-Men entram na nave junto com o vilão. Na base, inicia-se uma nova batalha entre heróis e vilões. Mais uma entre os mesmos personagens (e Stan Lee não vai dar descanso porque outras virão nas edições seguintes). O Anjo é resgatado, o Homem de Gelo forma uma inacreditável “ponte tubular de gelo” no meio do espaço e, não obstante o satélite sair de órbita após uma explosão, os vilões também conseguem escapar ilesos.

E para surpresa de todos, o Professor Xavier revela que esteve fingindo esse tempo todo para que os seus pupilos pudessem resolver os problemas sem a presença dele. É uma atitude no mínimo estranha por parte do mentor dos X-Men. Mas, como a história deixa a demonstrar, ele acende um cachimbo da paz e declara que o treinamento dos X-Men... terminou!!!

Mas não terminou não. Nas edições seguintes, veremos que após a “formatura” do grupo, tudo continua a mesma coisa de antes. Na verdade, essa edição não deixa de ser uma repetição da antecessora porque realmente não acontece nada e absolutamente nada é acrescentado à trama (com exceção da apresentação do Asteróide M, mas só isso não justifica).

Esta edição é a última arte-finalizada por Paul Reinman. Chic Stone assuma a partir da próxima edição. Particularmente, prefiro muito mais o primeiro.

Abraço a todos!

Primeira aparição: Asteróide M.