terça-feira, 31 de março de 2009

Algumas incongruências.

Quando assisti o filme O Cavaleiro das Trevas, eu me irritei com o fato de ninguém sangrar uma gota sequer no filme todo! Não que eu esperasse um banho de sangue em um filme do gênero super-heróis. Mas eu ansiava por uma certa verossimilhança com a realidade, afinal, para quase tudo que é relacionado ao heroísmo no filme, eles colocavam uma razão factível para aquilo (armamento militar para as batgeringonças, para se ter um exemplo). Foi assim que o filme ganhou esse ar de realismo que conquistou público e crítica.

Essa “solidez” do corpo humano no filme de Christopher Nolan serviu para que ele conseguisse a classificação necessária para que adolescentes desacompanhados dos pais pudessem comparecer às salas de cinema. E essa estratégia deu certo já que o filme já arrecadou mais de um bilhão de dólares mundialmente. Assim, uma pessoa é metralhada no começo do filme e a camisa continua branquinha, ao passo que o Coringa tem total permissão para perfurar o olho de um bandido com uma caneta presa à mesa. Sem sangue, pode!

Mas o mais engraçado foi o merchandising que a Warner fez com relação ao filme Watchmen, ainda em cartaz em algumas salas de cinema. Na revista SET desse mês, vê-se que eles comercializam até lancheiras para crianças com os personagens nada politicamente corretos do filme inspirado na HQ homônima. O melhor ficou para o comentário da revista, muito bem humorado. Algo do tipo:

“Escolha a melhor forma de seu filho lanchar na escola: com um maníaco assassino ou com um homem azul pelado”.

Hehehehe...

Só um registro.

Abraço.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sandman: Prelúdios e Noturnos.

Sandman: Prelúdios e Noturnos.
(Sandman 01-08, janeiro a agosto de 1989)

Roteiro: Neil Gaiman
Desenhos: Sam Kieth, Mike Dringenberg e Malcolm Jones III
Capas: Dave McKean
DC Comics / Vertigo.

Terminei de ler ontem o primeiro volume da série Sandman, de Neil Gaiman. Confesso que Prelúdios e Noturnos já estava na minha fila de leituras pendentes há muito tempo e a primeira metade desse volume já foi lida no mínimo umas três vezes.

Ocorre que, por diversas razões, sempre acontecia algo que fazia com que a minha leitura de Sandman fosse “emperrada” nesse miolo do primeiro volume. E não cabe aqui ficar me justificando (isso está mais para um desabafo), mas agora estou disposto a seguir adiante e terminar toda a obra (até porque, além da qualidade do material, tem todo o investimento feito nesses encadernados da editora Conrad).

A trama gira em torno do aprisionamento de Morpheus (o Sonho) e, logo após conseguir se libertar de uma seita mística que o aprisionou por décadas, ele parte em sua busca de seus objetos pessoais (e bastante perigosos em mãos erradas). O volume termina com o encontro de Morpheus com sua irmã morte depois de uma pequena crise “existencial”.

Particularmente, gostei desse gênero diferente de história em quadrinhos, horror/gótico. Em poucas palavras, o definiria como lírico e inovador em termos narrativos. Os diálogos são muito bons, contando com inúmeras referências musicais e literárias. Os dons de Morpheus diferem do padrão de super-poderes no universo das HQs. Leitores de revistas convencionais de super-heróis irão estranhar o andamento das tramas ou as poucas aparições do protagonista da série.

Nos desenhos, gostei muito da arte de Sam Keith. Na verdade, já o conhecia por trabalhos posteriores (como na história de Wolverine vs. Venom apresentada em Marvel Comics Presents). Com detalhes e elaboração de quadros bastante criativos, o melhor momento da arte de Keith, na minha opinião, é a passagem de Morpheus no inferno (que, por sinal, também é a minha história favorita neste primeiro volume). Já os outros desenhistas mostraram um trabalho bastante inferior e achei apenas regular o resultado final.

Cheguei a comparar as cores desse volume publicado pela Conrad com aquele recentemente lançado pela Pixel (que corresponde à edição Absolute nos EUA, só que publicada em dois volumes desvirtuando a arte de capa de Dave McKean e em formato menor que o americano, ou seja, um lixo de trabalho). Realmente, as cores da versão Absolute são muito melhores e não acho que seja desrespeitar o trabalho original recolorindo a obra.

De mancada da editora Conrad, só mesmo a utilização de uma das capas do segundo volume para ilustrar esse primeiro.

Enfim, tenho certeza de que em breve finalmente terei terminado toda a série (e, quem sabe, iniciar uma releitura de toda a obra), uma vez que agora posso passar para o volume seguinte, Casa das Bonecas, o que, se isso for representado nessa minha falta de tempo por conta dos estudos, já quer dizer muita coisa!

Abraço!

Mais alterações.

Resolvi ampliar o leque de temas a serem abordados, para que não me sinta preso às análises de HQs. Isso também evita o trabalho de criar outro espaço. Cinema e algumas séries de TV poderão entrar nos tópicos em breve.

A seguir... mais uma resenha de HQ. hehehe...

Abraço a todos!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Wolverine: Dívida de Honra (Capas Originais).

Como forma de adendo à publicação anterior, aqui estão as quatro capas originais da minissérie Wolverine: Dívida de Honra, belamente ilustradas por Frank Miller.

Abraço!

Wolverine: Dívida de Honra (1982).

Wolverine: Dívida de Honra (1982).
(Wolverine 01-04, setembro a dezembro de 1982)

Roteiro: Chris Claremont
Desenhos: Frank Miller
Arte-final: Josef Rubinstein
Marvel Comics.

A minissérie Dívida de Honra, de 1982, foi a primeira revista estrelada exclusivamente por Wolverine, que na época já era um personagem bastante popular. O escritor Chris Claremont conta que a história nasceu após uma conversa com Frank Miller. em uma viagem que ambos faziam rumo à uma convenção de quadrinhos. Na ocasião, eles definiram o perfil do personagem, que era visto pela maioria como um “assassino raivoso e psicótico” quando, na verdade, Claremont o via como um “samurai defeituoso”, cheio de virtudes e com uma tragédia particular que o fez perder o rumo. Com isso em mente, os autores produziram essa história.

A trama trata da trajetória de Wolverine ao Japão logo após perder contato com sua amada Mariko Yashida, filha de Shingen Yashida, líder de um clã milenar e que planeja dominar o submundo do crime japonês. Logo após descobrir que Mariko está casada e ser derrotado por Shingen em um desleal confronto, Logan conhece Yukio, que vê nela uma aliada. Esta última acaba se tornando uma importante aliada que o auxiliaria inúmeras vezes em suas incursões pelo Japão. E assim, tudo se encaminha para o confronto definitivo contra Shingen, ao final da quarta edição, bem como a aparente resolução do relacionamento de Logan com Mariko.

Foi nessa minissérie que a organização ninja chamada Tentáculo apareceu pela primeira vez. Esse grupo se estabeleceria de vez no Universo Marvel em histórias do Demolidor (também produzidas por Miller) e em aventuras solo de Wolverine, e, até hoje ainda é figura recorrente em títulos variados da Marvel como, por exemplo, o um recente arco de histórias do título Novos Vingadores.

É interessante observar que uma figura impulsiva como Logan pode, ao mesmo tempo, ter dentro de si valores como honra e até mesmo o amor por uma única pessoa. A recusa dele em se envolver com Yukio, quando ainda não havia sido recusado por Mariko, é somente uma pequena amostra de como o personagem tinha (e tem) uma personalidade rica a ser trabalhada, o que infelizmente se vê pouco nas histórias que ele protagoniza ou é explorado. Acredito que o abuso que fizeram dele com sua superexposição tenha causado muita antipatia de parte de leitores “aculturados”. Basta se lembrar da máxima de que não existem personagens ruins, mas autores ruins e isso fica evidente.

O escritor Chris Claremont possui uma característica de narrar suas histórias que pode ser observada em quase todos os seus trabalhos. Alguns chamariam isso de vícios, dadas as constantes repetições de certos elementos. Em todas as quatro edições da minissérie, Claremont usa as primeiras páginas para explicar os poderes de Wolverine: sempre há um texto falando de como funcionam as garras, como é feito seu esqueleto e o seu fator de cura mutante. Lida de uma vez só, a leitura fica um pouco cansativa nessas primeiras páginas. Também é notório o gosto do escritor em descrever lugares, inserindo uma série de referências reais quanto à exata localização do lugar, o que, para mim, não chega a ser ruim.

As caixas de recordatórios são utilizadas em primeira pessoa, característica essa que seria prevalente nas histórias atuais (o escritor Mark Millar, por exemplo, gosta de escrever nesse estilo). Talvez aqui tenha um pouco da influência de Frank Miller, já que dentre as inúmeras histórias que Claremont escreveu, não é fácil encontrar algumas nesse estilo. Mas não quero dizer com isso que é algum demérito do escritor. Apenas ressalto que esse não é o seu estilo usual de contar uma história.


Frank Miller, por sua vez, capricha nos desenhos, num estilo mais limpo e que lhe rendeu a fama que se vê hoje. Ele foge um pouco do convencional e elabora quadros que se assemelham aos mangás japoneses, com ilustrações ocupando toda a largura das páginas, notadamente nas cenas de ação. As ilustrações das batalhas entre Wolverine e seus adversários são baseadas em lutas de artes marciais, ao invés dos tradicionais chutes e pontapés típicos dos quadrinhos de super-heróis, sendo que até o formato das garras de Wolverine foram alteradas para se assemelhar a espadas.

Enfim, trata-se de uma minissérie que hoje pode ser considerada um clássico dos quadrinhos, não só por apresentar a primeira história solo de Wolverine num título próprio, como também por unir dois dos autores mais influentes daquela época.

Abraço a todos!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Watchmen – The Complete Motion Comic.

Watchmen – The Complete Motion Comic.
(Março de 2009)

Autores: Alan Moore e Dave Gibbons
Diretor: Jake Hughes
Narrador: Tom Stechschulte
Warner Bros. Home Video/DC Comics


Para quem não está habituado a ler histórias em quadrinhos, a DC Comics lançou uma versão animada de Watchmen chamada “Watchmen – Complete Motion Comic”, dividida nos doze capítulos originais.

Na verdade, trata-se da mesma história só que com a inserção de uma animação bastante simples sobre os desenhos de Dave Gibbons. Acredito que alguns dos detalhes que ficavam ocultos e passavam quase que despercebidos na HQ (estimulando o leitor mais atento) foram explicitados na hora de montar as animações. Assim, algumas pistas lançadas na trama poderão acabar revelando o mistério antes do tempo, por conta desse recurso.

Com duração de aproximadamente 5 horas, os diálogos e caixas de texto originais foram mantidos, e todos eles são narrados por uma única pessoa (Tom Stechschulte), que faz a voz de todos os personagens. Pessoalmente, acho que deveria ter uma dubladora, pelo menos, para os personagens femininos. Para mim, soou bastante estranho as mulheres terem uma voz de homem tentando afinar a voz. O material extra das doze edições da HQ, por questões práticas, ficaram de fora.

Também foi incorporada nesta versão uma boa trilha sonora, que acerta na maioria das vezes. Porém, em determinados momentos ela soa um pouco invasiva, parecendo que para cada cena deveria haver uma música ao fundo, quando na verdade algumas delas seriam melhores caso não houvesse música alguma.

Mas, tirando esses pequenos detalhes, é uma boa forma de reler/rever essa obra ou de mostrar a verdadeira trama para quem assistiu ao filme nos cinemas e gostaria de conhecer a obra original.

Ressalvo apenas que, na minha opinião, o livro ainda é muito melhor.

Abraço a todos!

Watchmen - Edição Definitiva (2009).

Watchmen - Edição Definitiva (2009).

(Watchmen 01-12, originalmente publicada de setembro de 1986 a outubro de 1987)

Roteiro: Alan Moore
Desenhos: Dave Gibbons
Cores: John Higgins
DC Comics.

A Panini Comics conseguiu lançar a edição especial de Watchmen concomitantemente com o lançamento do filme nos cinemas. O que deveria ser regra, no entanto, ainda é exceção. Esperemos que esse “acerto” continue (vide considerações ao final).

Publicada em 1986/1987, pessoalmente considero Watchmen a mais adulta e completa história envolvendo super-heróis escrita até hoje. Nela, o escritor Alan Moore cria um universo próprio de personagens (cuja inspiração/adaptação vem dos personagens da Charlton Comics, que seriam originalmente utilizados), e elabora uma ambientação realista, porém modificada por conta da existência dos heróis em nosso mundo. Também presente é a tensão causada pela Guerra Fria, com a iminente instauração de uma guerra nuclear entre as duas grandes potências da época (Estados Unidos e União Soviética).

Outro ponto que considero genial desta obra é a forma como Moore encaixa seus textos, digo, o momento exato em que uma simples frase vai de um quadro a outro e o fantástico resultado que isso traz quando nos deparamos com próximo desenho. Nunca vi outro autor ser tão preciso quanto ele nesse quesito.

Contando com um roteiro rico em detalhes e com entrelaçamentos de fatos e personagens, Alan Moore dá a Dave Gibbons a oportunidade de brilhar, uma vez que este tem a oportunidade de desenhar quadros recheados de referências (explícitas e implícitas) ligadas à história. Particularmente, acho as referências “ocultas” as mais divertidas de se encontrar. As capas também são um deleite à parte, sempre ligando o desenho com algo inserido na primeira página do capítulo (e à trama em si).

Tendo como ponto de partida o assassinato do “herói” chamado Comediante (Edward Blake), a partir dali se inicia uma intrigante trama envolvendo personagens complexos e trabalhados com maestria como Rorschach (sua identidade é um dos mistérios da trama), Coruja (Daniel Dreiberg), Dr. Manhattan (Jonathan Osterman, o único herói com super-poderes neste mundo), Ozymandias (Adrian Veidt) e Espectral (Laurie Jupeczyk). Todos esses personagens são desenvolvidos ao longo dos doze capítulos da trama e a revelação final sobre quem está por trás de tudo é surpreendente e, até a época do seu lançamento original, inovadora.

A nova colorização feita por John Higgins melhorou com relação ao original, mas ainda penso que alguns quadros poderiam ser melhor trabalhados. Ressalvo apenas que não me refiro aqui à colorização de alguns quadros com uma única cor, variando apenas nas tonalidades, tendo em vista que, neste caso, foi feita de acordo com o que a história pedia.

Infelizmente, a edição nacional veio com quase uma dezena de erros, como palavras mal colocadas ou nomes rebatizados do original mais de uma vez. Mas tirando esses detalhes que, na minha opinião, contam bastante, é uma aquisição que vale a pena para quem quer ter esta que é considerada uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos.

Enfim, para quem ainda não teve a oportunidade de conferir essa obra-prima dos quadrinhos, fica a sugestão de adquirir a versão em capa dura da Panini, não obstante os erros encontrados.

Abraço!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Amazing Spider-Man 546-548: Um Novo Dia.

Um Novo Dia.
(Amazing Spider-Man 546-548, janeiro de 2008)

Roteiro: Dan Slott
Desenhos: Steve Mcniven
Arte-final: Dexter Vines
Marvel Comics

Depois de uma tridentada na realidade em Um dia a mais, chegou a vez de Um novo dia mostrar a vida repaginada do Homem-Aranha. Aqui no Brasil, já foi publicada a primeira leva de histórias dessa nova fase na vida do Homem-Aranha. Porém, por questão de falta de tempo só pude ser os primeiros dois arcos neste último final de semana. Segue então as minhas impressões sobre as histórias.

A ausência do casamento de Peter Parker com Mary Jane promoveu não só a satisfação pessoal de Joe Quesada (editor-chefe da Marvel) como também uma série de mudanças sobre o status de diversos personagens coadjuvantes na série, em especial a volta de Harry Osborn. Não perguntem como alhos (casamento apagado) tem a ver com bugalhos (Harry Osborn), mas os roteiristas prometer explicar no futuro como Harry voltou dos mortos.
Posso dizer que o primeiro arco de Um novo dia é uma boa história e muito bem escrita. Escrita por Dan Slott e desenhada pela estrela em ascensão da Marvel, Steve Mcniven, a trama gira em torno de um novo vilão (Senhor Negativo) e sua empreitada na máfia de Nova York. Aliás, gostei desse vilão (gosto de vilões urbanos) e o visual dele ficou muito bem representado agora que existem técnicas mais modernas de colorização.

Dan Slott tem um jeito particular de escrever, mas ainda não consegui identificar o que sua escrita difere dos demais roteiristas. A sensação que eu tenho é que cada página foi pensada e repensada antes dele mandar os roteiros. Mesmo contando histórias simples, aparenta que ela teve uma ampla revisão.

Apesar de ser um bom início nesse reboot da série do Homem-Aranha, não consegui ver o quão diferente ela poderia ter sido caso Peter Parker permanecesse casado. A mesma história, para mim, poderia ser contada, contando inclusive com os mesmos coadjuvantes, incluindo Mary Jane no caso.

Os desenhos de Steve Mcniven são detalhados e seu traço me agrada muito. Só acho que em determinados closes, os personagens parecem meio desfigurados. Mas deixo a ressalva que, tirando esse pequeno detalhe que me incomoda, considero Mcniven um dos melhores desenhistas da Marvel em atividade (apesar de atrasar um bocado na entrega dos trabalhos).

De ponto negativo, destaco as indiretas sobre o estado civil de Peter Parker (“Sou muito novo pra casar”), desnecessárias e que só causa mais irritação nos fãs do herói pró-casamento.

Abraço!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Coringa (2008).

Coringa.
(Joker, 2008)

Roteiro: Brian Azzarello
Desenhos: Lee Bermejo
Arte-final: Lee Bermejo e Mick Gray
DC Comics.

Esta edição especial foi escrita sob medida para quem se interessou pelo Coringa do filme O Cavaleiro das Trevas. Inclusive a aparência do vilão nesta história lembra muito a do filme, em especial no que se refere às cicatrizes em forma de sorriso no rosto do personagem.

A história é narrada sob a perspectiva de Johnny Frost, um fora da lei de segunda categoria que vai buscar o vilão assim que “por algum motivo” ele deixa o Asilo Arkham.

Brian Azzarelo arma uma boa jogada ao percorrermos o caminho do Coringa em busca da retomada do controle do submundo de Gotham, sob o ponto de vista de uma pessoa comum como Johnny Frost já que, assim, podemos analisar as ações do vilão como se estivéssemos sempre próximos (e vulneráveis) a ele.

A edição faz, praticamente, um passeio pelo universo do Batman, com o encontro do Coringa com os principais vilões do homem morcego. Além de um óbvio confronto, fica o destaque para a rivalidade do Coringa com o Duas Caras. Nada impactante, nem definitivo.

A arte de Lee Bermejo é muito boa, porém quando é arte-finalizada por Mick Gray ela destoa muito dos desenhos em que Bermejo faz sua própria arte-final. Assim, parte da edição tem um estilo com arte pintada (como a capa) feita por Bermejo e, ao mesmo tempo, conta com desenhos convencionais. O trabalho não ficou ruim, mas os estilos diferem e, na minha opinião, Bermejo poderia ter produzido toda a edição sozinho. Espero que a presença de Mick Gray não tenha se dado por conta de prazos, o mau dos quadrinhos desse novo século.

Enfim, eu gostei da edição mas não achei a história nem um pouco memorável. Ela aparenta ter sido produzida sem grandes pretensões, o que acho correto. Recomendo a leitura mas não espere um novo clássico dos quadrinhos apenas pelo fato dela ter sido inicialmente publicada em formato de luxo aqui no Brasil.

Alterações.

Olá,

O blog deu uma parada em Janeiro e Fevereiro. Depois de muito pensar, resolvi que entre não publicar nada ou publicar textos mais enxutos, ficarei com a segunda opção.

Assim, vou tentar dinamizar esse Blog para que eu possa ter tempo de publicar algumas impressões sobre HQs. Ao invés de textos imensos que ninguém, ou quase ninguém lia, vou procurar fazer algo mais conciso para ver se atualizo mais e em menos tempo.

Esse texto de Gênese Mortal é todo do ano passado. Hoje, já não tenho mais tempo de ficar resumindo cada edição.

Assim, o Blog passa por mais essa mudança. Se não der certo, eu altero de novo.

Abraço!

Batman: A Piada Mortal.

Batman: A Piada Mortal
(Batman: The Killing Joke, 1986)

Roteiro: Alan Moore
Desenhos: Brian Bolland
DC Comics.

Reli recentemente essa história, que é considerada um clássico dos quadrinhos e relançada recentemente pela Panini com nova colorização de Brian Bolland. Continuo com a impressão de que a história ainda se mantém bastante atual e os desenhos de Bolland nos dão vontade de ir atrás de outros trabalhos desse brilhante artista.

Com toda essa onda de Coringa nos dias atuais, por conta do segundo filme do Batman por Chistopher Nolan, esse Coringa poderá não agradar algumas pessoas que esperam encontrar algo semelhante ao que Heath Ledger desenvolveu nas telas do cinema.

A história que conta com a trágica origem do vilão possuiu forte repercussão no universo do Batman por deixar Barbara Gordon, uma importante personagem, paraplégica.

Por mais que Alan Moore renegue essa história, dizendo vez por outra que é um de seus trabalhos inferiores, continuo achando uma excelente edição especial do Batman e que possui os mesmos recursos que Moore utiliza em outras histórias (como repetir diálogos ou textos em imagens diversas, mas que fazem todo o sentido).

Sobre a recolorização, fica o detalhe de que na parte da origem do Coringa, Bolland preferiu tons preto e branco com um detalhe colorido em cada quadro que, na minha opinião, ficou melhor do que o original.

Enfim, para quem tiver oportunidade, sugiro a aquisição de A Piada Mortal, que se encontra atualmente nas bancas.

Abraço!

Uncanny X-Men 475-486: A Ascensão e Queda do Império Shiar.

A Ascensão e Queda do Império Shiar.
(Uncanny X-Men 475-486, julho de 2006 a julho de 2007)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Billy Tan, com Clayton Henry
Arte-final: vários
Marvel Comics.

O arco A Ascensão e Queda do Império Shiar tomou as edições 475 à 496 da revista Uncanny X-Men. Nela, o escritor Ed Brubaker retoma de onde parou na minissérie Gênese Mortal. As edições são desenhadas por Billy Tan no que se refere à trama principal e por Clayton Henry com relação nas partes envolvendo o vilão Vulcano.

A equipe conta com Xavier, Noturno, Garota Marvel II (Rachel Grey), Destrutor, Polaris e Darwin. Xavier e Darwin se separam do grupo no meio do arco, quando o primeiro é capturado.

Parte da mitologia da entidade Fênix é resgatada com o a presença de Korvus, um alienígena que possui uma espada (que lembra a do Cloud de Final Fantasy VII) que detém um centésimo do seu poder. Na história, Korvus e Rachel se sentem bastante próximos em razão desse fato.

Vulcano continua mais poderoso do que nunca, com Brubaker parecendo querer mostrar para os leitores o quão temível ele é. Seu status muda no final do arco, quando ele se casa com Rapina e, manipulando as convenções do império, se torna o novo Imperador.

Nessa saga, Xavier também recupera seus poderes depois de ser jogado no Cristal Mikraan e ser salvo por Darwin.

Particularmente, achei esse arco um pouco arrastado. Ele possui bons momentos de interação dos personagens, a equipe escolhida por Brubaker não é ruim, mas para uma história que deveria mostrar a “Ascensão” e “Queda” deste famoso império do Universo Marvel, o resultado fica muito aquém da pretensão que o título se refere.

Penso que a saga se estendeu demais, com um início meio arrastado e com um final corrido por conta da pré-condição de que a história teria que contar com, necessariamente, doze capítulos. Se por acaso os editores tivessem deixado Brubaker simplesmente ter contado sua história no ritmo certo, poderia ter resultado em algo de melhor qualidade (Obs: na época, Brubaker iria ficar apenas nessas 12 edições, tendo em vista que logo depois Mark Millar assumiria os títulos mutantes, o que acabou não ocorrendo e fazendo com que Brubaker prorrogasse sua “estadia” em Uncanny X-Men).

Os desenhos de Billy Tan são bons e limpos, porém nada extraordinários. Vê-se que ele vem evoluindo à medida em que surgem novos trabalhos para ele na Marvel. Seus primeiros trabalhos em Uncanny X-Men eram bem inferiores ao que se vê em “Ascensão e Queda”. Clayton Henry cobre as edições envolvendo Vulcano (boa sacada para cobrir o ritmo de Billy Tan, que não segura uma mensal sozinho) e também traz uma arte boa e aceitável para uma revista contínua.

Tirando minha opinião pessoal de que nos títulos principais dos X-Men deveria haver uma equipe de personagens a ser desenvolvida pelos autores, no final desta saga vemos a equipe se dividir novamente e, infelizmente, a continuação (e não o final) dessa trama envolvendo Vulcano e o Império Shiar ficou para uma minissérie à parte, qual seja, “X-Men: Imperador Vulcano”, que contou com outra equipe criativa. No próximo arco de Uncanny, Brubaker utiliza outro grupo de X-Men em um arco passado na Terra e que não guarda nenhuma relação com este, a não ser no que se refere à qualidade da trama.



Abraço a todos!

X-Men: Gênese Mortal (Comentários).

X-Men: Gênese Mortal
(X-Men: Deadly Genesis 01-06, 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Scott Hanna e outros
Marvel Comics.

A V A L I A Ç Ã O :

Quando Ed Brubaker trocou a DC pela Marvel, seu currículo já dizia que um trabalho de no mínimo boa qualidade iria ser realizado na sua nova casa.

Li recentemente todos os TPs já lançados pela Panini de Gotham Central, escrita por Ed Brubaker em parceria com Greg Rucka e achei tudo aquilo de uma qualidade incrível! Histórias muito boas, muito bem inspiradas e com o uso de um dos ambientes mais fascinantes do gênero dos quadrinhos (na minha opinião): Gotham City. Pessoas normais em uma cidade sinistra, na luta para colocar um pouco de ordem em todo aquele caos. E a fantasia, incorporada na excelente galeria de vilões do Batman, fez por merecer todo o prestígio que a série ganhou do início até o seu encerramento.

Sucessor do Bendis em Demolidor, Ed Brubaker ganhou críticas altamente positivas já no seu primeiro arco. Inclusive, trouxe de volta alguns leitores que não se adequaram muito ao estilo que o Bendis imprimiu durante a estada no título do herói cego. Não que tenha havido um aumento considerável de vendas, mas o fato é que quem estava esperando histórias com mais ação e, ao mesmo tempo, bons diálogos, parece ter se contentado positivamente com a nova equipe criativa.

O mesmo ocorreu com o Capitão América, o qual passava por uma sucessão de escritores e desenhistas, com histórias medianas. Isso pôde render um arco ou outro no mínimo interessante, mas perdeu por não ter havido um planejamento a longo prazo para o personagem. Assim que assumiu o título, inclusive com uma nova e justificável renumeração, Ed Brubaker iniciou uma trama conspiratória cheia de mistérios, apresentou personagens novos, trouxe outros de volta e, à medida em que novas edições da revista iam sendo lançadas, parecia que uma grande e bem elaborada rede de idéias iam se entrelaçando de forma coesa, de modo a se tornar um dos melhores títulos da Marvel na atualidade.

Sobre Demolidor e Capitão América, acredito que a indicação do Brubaker ao Eisner com referência a eles ratifica o afirmado acima.

Terminado o evento Dinastia M, e planejada uma nova diretriz (que no final das contas não acrescentou muita coisa) para o já desacreditado universo mutante, Brubaker foi um dos responsáveis para mostrar aos leitores as conseqüências do Dia M. A minissérie X-Men: Gênese Mortal me parece que serviu de um misto de teste para ele escrever um título fixo dos X-Men e, ao mesmo tempo, cobrir em parte a falta de lançamentos do carro-chefe da franquia: Astonishing X-Men.

O resultado é uma história interessante mas que altera consideravelmente a cronologia do grupo. A história da Ilha Krakoa é um marco para os X-Men porque é nela que o grupo é substituído pela nova geração: Tempestade, Wolverine, Noturno, etc.

Assim, em Gênese Mortal a história é alterada para que os personagens Petra, Darwin, Reprise e Kid Vulcano sejam os primeiros substitutos da equipe original, e mais, que Charles Xavier manipulou a mente de Ciclope para que este nunca descobrisse a verdade (inclusive quanto ao seu segundo irmão, o terceiro Summers).

Por falar nesse mistério do terceiro irmão Summers, merece aplauso a iniciativa de finalmente a Marvel dar um fim a um fato que se arrastava desde o início dos anos 90. Ainda bem que inventaram um novo personagem para ser esse terceiro irmão, já que houve especulações que davam como certo que mutantes populares (como Gambit!) seria o irmão de Ciclope e Destrutor.

O personagem Gabriel Summers, na minha opinião, possui todas as características para, no futuro a longo prazo, se tornar um X-Men. Sua onipotência nessa minissérie (derrotando todos os X-Men) parece uma forma do escritor de querer descer goela abaixo dos leitores o quão “bom vilão” ele pode se tornar. O mesmo se dá com a morte (desnecessária) de Banshee. Já passou da hora de parar de matar personagens apenas para que novos vilões possam provar alguma coisa.

Os desenhos de Trevor Hairshine estão muito bons, lembrando um pouco o estilo de Brian Hitch. Em especial, gostei muito da passagem que os grupo de Moira é treinado no plano psíquico por Xavier. Visualmente, ficou muito bem produzido! Pena que ele desenhe tão devagar e, pior, tenha quebrado a mão (hehehe...). Assim, depois de dois números da minissérie Wisdom e de um especial com a origem do Colossus, ele nunca mais deu as caras.

Como dito acima, esta minissérie serviu como teste de Ed Brubaker nos X-Men. Mesmo alterando fatos importantes na história da equipe, não foi uma história ruim mas que provavelmente incomodou os fãs mais xiitas do grupo.

Abraço a todos!

X-Men: Gênese Mortal 06 (2006).

X-Men: Gênese Mortal 06 (2006).
(X-Men: Deadly Genesis 06, junho de 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Scott Hanna
Marvel Comics.

HISTÓRIA:

Emma Frost confirma que Charles Xavier perdeu seus poderes. Gabriel manda Rachel usar seus poderes, conectando as mentes do Professor, Ciclope e dele mesmo para que todos saibam o que realmente aconteceu na Ilha Krakoa.

E assim, começa a história de todo o ocorrido. Ao contrário do que Ciclope sempre pensou, não foi a Ilha que o libertou para que ele pudesse buscar ajuda, mas sim o grupo de Kid Vulcano. Já perto do Pássaro Negro, Gabriel conta a Scott que eles são irmãos. Ciclope acredita em Gabriel, dizendo que sente confiança nas palavras do Professor.

Destrutor interrompe a projeção psíquica dizendo que Gabriel não pode ser seu irmão pois os dois têm menos de um ano de diferença de idade. Charles revela então que Gabriel não nasceu na Terra.

Quando os pais de Scott e Alex foram abduzidos pelos Shiar, a esposa daquele que seria conhecido por Corsário estava grávida de dois meses. Depois que Dken a assassinou, ele colocou o bebê em um acelerador de incumbação que os Shiar utilizavam para criar escravos. Assim, Gabriel cresceu mais rápido do que o normal e foi mandado à Terra para servir a Davan Shakari, o homem do Imperador na Terra. Logo depois, Gabriel foi encontrado por Moira MacTaggert.

Na Ilha Muir, Vulcano exige que Charles mostre a verdade para seus alunos. Charles diz: “Rachel, encontre as verdadeiras memórias de Scott em Krakoa. Elas estão na minha mente, e não na dele...”, para um “Não acredito que você acaba de dizer isso!” de Scott, decepcionado.

Na Ilha Krakoa, Scott é mandado de volta para a mansão enquanto o grupo de Moira volta para tentar salvar os outros X-Men presos. Só que o fato de Kid Vulcano ter libertado Ciclope fez com que a ilha ficasse furiosa e assim, Kid Vulcano, Darwin, Petra e Reprise são exterminados! Ciclope assiste toda a cena enquanto volta para casa no jato. Quando chega a mansão, se desespera.

Charles sonda novamente a ilha e descobre que seus primeiros alunos (Jean, Fera, Anjo, Homem de Gelo e Destrutor) ainda estão vivos. Assim, ele decide recrutar novos mutantes para salvá-los.

Ciclope fala que algo está errado pois a Ilha o havia soltado e falado com eles no segundo resgate. Mas Charles fala que tudo não passou de uma amplificação do poder de Cérebro, quando na verdade a ilha não fazia mais do que soltar alguns impulsos.

Também é revelado como Gabriel e Darwin escaparam com vida. Graças à ajuda de Reprise e Petra antes delas falecerem, ele e Darwin ficaram em uma pequena caverna abaixo da superfície da Ilha. E assim, quando Jean Grey mandou a ilha para o espeço, os dois foram junto.

Darwin utilizou seus poderes para manter Gabriel vivo e parte da essência de Reprise e Petra permaneceram em Gabriel. Rachel usa seus poderes para libertar a outra consciência que estava dentro de Vulcano (é Darwin).

Os X-Men confrontam o vilão e, depois de se sentir ameaçado, Vulcano voa para o espaço. Na ilha, o corpo de Darwin começa a se formar. Logo depois, é descoberto que parte da energia que concedeu poderes para Vulcano também influenciou Darwin.

Depois de todo o ocorrido, os X-Men fazem um funeral para Petra, Reprise e Banshee. Xavier tenta falar com Scott que diz que vê alguma razão na decisão do professor mas que ele agora não é mais bem vindo no instituto. Assim, ele ordena que Charles deixe a Escola já que ele não pertence mais àquele lugar!

No espaço sideral, Vulcano lembra de toda a tragédia de sua vida e ruma ao desconhecido.

"Final" da história.

A seguir, os comentários (até que enfim).

quinta-feira, 12 de março de 2009

X-Men: Gênese Mortal 05 (2006).

X-Men: Gênese Mortal 05 (2006).
(X-Men: Deadly Genesis 05, maio de 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Scott Hanna e Nelson de Castro
Marvel Comics.

HISTÓRIA:

Na UNI, agentes do governo descobrem que alguém observou toda a cena do acidente aéreo. Essa pessoa é Vulcano e eles supõem ser também a pessoa que roubou o Pássaro Negro. Os agentes conseguem rastreá-lo, dado o tamanho de energia que o mutante emite.

O Sentinela avista Vulcano com Rachel e Ciclope, que parece não acreditar na história contada por Vulcano, qual seja, de que suas lembranças de seu terceiro irmão foram apagadas por Xavier.

Vulcano voa até o Sentinela e o derruba. Assim que o piloto sai do robô, o vilão o incinera com um raio, para a revolta de Ciclope. Gabriel (Vulcano) fala que usou a Garota Marvel para localizar Charles Xavier e empreender sua vingança.

Enquanto isso, em um bar no país de Gales, Grã-Bretanha, o noticiário informa sobre o homem que sobrevoava o local do acidente aéreo (Vulcano). Um homem (que se revelará Charles Xavier) sai do recinto assim que o reconhece.

Na mansão, os X-Men descobrem mais a respeito do ocorrido. O centro de pesquisas onde Ciclope e Rachel foram aprisionados pertence a Charles Xavier, que havia herdado de Moira. Lá também foi o local onde ele e Karl Lykos (o Sauron) desenvolveram o projeto com genoma mutante.

De repente, Rachel surge e diz aos X-Men presentes que sabe quais são os planos de Vulcano.

Na Ilha Muir, Ciclope e Vulcano aguardam Charles Xavier. Eles discutem e Scott descobre que Banshee está morto. Scott se revolta e Gabriel conta que Charles contou a ele sobre seus irmãos pouco antes dele ir para a Iha Krakoa.

Charles aparece no local e, logo depois, os X-Men. O grupo tenta uma investida contra o vilão que contém todos. Logo em seguida, ele manda Charles dizer a verdade para os X-Men sobre o primeiro recrutado para resgatar os X-Men originais de Krakoa. O Professor Xavier começa dizendo que mentiu, mas é interrompido por Gabriel que manda Xavier mostrar todo o ocorrido no plano psíquico.

Charles então revela que voltou a andar... mas que perdeu seus poderes no Dia M!

CONTINUA...
(Obs: Os comentários serão feitos ao final da descrição da última parte desta minissérie)

quarta-feira, 11 de março de 2009

X-Men: Gênese Mortal 04 (2006).

X-Men: Gênese Mortal 04 (2006).
(X-Men: Deadly Genesis 04, abril de 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Scott Hanna e Nelson de Castro
Marvel Comics.

HISTÓRIA:

Os arquivos de Moira MacTaggert revelam que Charles Xavier a procurou assim que perdeu contato com seus X-Men originais na ilha Krakoa. Charles pede ajuda à Moira e diz que precisa de seus alunos!

Na prisão onde se encontra Rachel e Scott, a Garota Marvel fala a Ciclope que captou fragmentos mentais do inimigo misterioso e que agora sabe que ele ainda não aprendeu a controlar totalmente seus poderes. Ela diz que ele nunca foi tão poderoso assim e que alguma coisa deve ter acontecido para que ele superasse o nível ômega de poder mutante (provavelmente, a energia dos mutantes dizimados no Dia M, conforme o Fera pressentiu na primeira edição).

Ciclope começa a ter lembranças do lugar onde está aprisionado. Rachel indaga Ciclope se ele tem certeza de que nunca viu o vilão antes, porque ele acha que já foi um X-Man no passado.

Na Mansão, Fera, Noturno e Wolverine continuam assistindo ao vídeo de Moira e descobrem que os “alunos” dela eram garotos que eram treinados mas não como forma de torná-los uma milícia mutante.

Esse grupo de alunos de Moira pode ser assim sintetizado (a origem de cada um desses novos personagens é mostrada ao final de cada edição dessa minissérie):

Petra: filha de um casal dinamarquês, que morre num acidente envolvendo um desabamento de rochas, mais tarde ela descobre que pode controlar o elemento terra. Depois de passar por maus bocados junto com a sua família adotiva, e, mais tarde, nas ruas, Petra se vê livre das suas infrações por influência da Moira.

Darwin: garoto rejeitado pela mãe, possui uma inteligência prodigiosa. Nem isso o fez ser amado, fato que inclusive o levou a tentar cometer suicídio. O corpo do “menino evolutivo” se adapta às adversidades da vida, como criar guelras a quem tente afogá-lo ou se tornar imune ao fogo em caso de incêndio.

Reprise: viu seus pais serem assassinados nas ruas de Chinatown, momento em que seus poderes se manifestaram pela primeira vez. Para ela, o tempo passou de forma mais devagar do que para as outras pessoas, o que fez com que ela conseguisse se desviar das balas. Mais tarde, descobre que pode também acompanhar o deslinde dos fatos do passado, voltando no tempo, sem, contudo, poder interferir. Ela usa esse último desdobramento do seu poder para encontrar os assassinos dos seus pais, ajudando a polícia a encontrá-los. Assim, como todos os outros, ela é encaminhada à Moira.

Vulcano: Kid Vulcano era o codinome de Gabriel, um garoto que tinha vagas lembranças do seu passado. Seu poder é o mais genérico possível: ele pode manipular energia. É acolhido por Moira e possui uma espécie de fascinação pelos X-Men.

Esse grupo de adolescentes mutantes foi usado como o primeiro grupo que Xavier utilizou para tentar salvar seus X-Men originais da Ilha Krakoa, antes de surgir os consagrados X-Men de segunda geração (Wolverine, Noturno, Tempestade etc). Esse era o primeiro grande segredo revelado.

Treinados a toque de caixa pelo Professor Xavier, o grupo de mutantes de Moira achou que tinha passado meses sendo treinados, quando na verdade passou-se apenas algumas horas. Isso se deu graças ao poder mental manipulador de Xavier que utilizou-se do “tempo onírico” dos pensamentos para estender a duração dos treinamentos. Os alunos não ficaram sabendo que esse treinamento era irreal.

Na verdade, o grupo se encontrava muito empolgado por poder participar da missão para a qual foram incumbidos, principalmente Gabriel (Kid Vulcano). O grupo de Moira parte para a ilha, mas antes Xavier fala algo para Gabriel. Moira fala que se soubesse o que Charles havia dito para Gabriel naquele momento, ela não teria permitido que eles partissem para a missão.

No presente, os prisioneiros Ciclope e Garota Marvel escapam do cativeiro do qual se encontravam e se vêem em um centro de pesquisas de Moira MacTaggert nos Estados Unidos. Ciclope diz que já esteve no local, que era um centro de testes.

De repente, Vulcano aparece e se revela como sendo o terceiro irmão Summers. Ele diz que Charles manipulou a mente de Ciclope porque ele não queria que ele soubesse que seu irmão (Gabriel) havia se sacrificado tentando resgatá-lo na Ilha Krakoa. Ele diz os X-Men o abandonaram em Krakoa para morrer!

CONTINUA...
(Obs: Os comentários serão feitos ao final da descrição da última parte desta minissérie)

X-Men: Gênese Mortal 03 (2006).

X-Men: Gênese Mortal 03 (2006).
(X-Men: Deadly Genesis 03, março de 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Scott Hanna e Nelson de Castro
Marvel Comics.

HISTÓRIA:

Logan liga para Hank (o Fera) e fala sobre o acidente que matou mais de uma centena de pessoas, inclusive Sean (o Banshee). O Fera diz para Wolverine procurar os arquivos que estavam com Sean antes que a UNI tente apreendê-los. Na mansão, os robôs Sentinelas declaram regime marcial e impede qualquer um de sair do local.

Na prisão, Rachel avisa a Scott que sente que o efeito do inimigo sobre seus poderes está passando. Mas o misterioso homem aparece e diz que ela está sentindo exatamente o que ele quer que ela sinta. Ele a retira das amarras que a prendem e usa seus poderes na garota.

No Instituto Xavier, Emma discute com agentes da UNI que declararam regime marcial na mansão. Ela os acusa de serem tratados como terroristas. Alex Summers não gosta do teor da discussão e sai do local. De repente, ele ouve algo vindo da sala do Professor Xavier, vai até o local e tem visões de Charles conversando com Corsário (seu pai) sobre seus filhos Scott e Alex. Lorna aparece e ele a indaga se ela também não é uma visão.

Entrementes, o Homem de Gelo e Noturno também são assombrados com essas visões ao mesmo tempo em que Rachel parece ser usada para esse intuito.

No calor da discussão entre os X-Men e a UNI, Kitty Pride aparece e dá a solução ao caso dizendo que havia enviado o relatório de desaparecimento do Pássaro Negro um dia antes do acidente. Assim, eles são liberados pelo governo. Emma diz estar no seu limite com o sumiço de Scott e Rachel.

Enquanto isso, nos destroços do acidente aéreo, Noturno e Wolverine procuram vestígios do acidente que possam levá-los aos arquivos que o Banshee levava consigo. Eles descobrem que a cabine do Pássaro Negro está intacta. Enquanto Wolverine distrai os soldados, Noturno se teleporta para a cabine. Quando Logan já deu conta dos soldados, ele vai até a cabine e os dois vêem o corpo de Banshee que atravessou o avião no impacto. Kurt lamenta a morte do amigo.

Logo depois, eles conseguem despistar os soldados que não foram detidos por Wolverine e descobrem, no meio dos destroços, os arquivos da Ilha Muir.

Na prisão, o vilão continua manipulando a Garota Marvel. Os dois discutem e ele a nocauteia com um raio de energia, para a revolta de Ciclope. O vilão diz que a parte da Garota Marvel nos seus planos está quase se encerrando.

Quando ela acorda, ela diz que conseguiu captar algo do inimigo enquanto estava sendo manipulada por ele. Ela revela a Scott que o vilão não só conheceu Charles Xavier, como também treinou com ele!

Na mansão, Wolverine pede para o Fera ver os arquivos que ele e Kurt pegaram no aeroporto. Hank diz que os reconstituiu digitalmente e eles começam a assistir a uma gravação de Moira pouco após a formação dos Novos X-Men (Ciclope, Tempestade, Noturno, Colossus, Wolverine, Banshee, Solaris e Pássaro Trovejante I). Nesse vídeo, Moira chama Charles Xavier de cretino e diz que “crianças” foram mortas graças a ele!

CONTINUA...
(Obs: Os comentários serão feitos ao final da descrição da última parte desta minissérie)

X-Men: Gênese Mortal 02 (2006).

X-Men: Gênese Mortal 02 (2006).
(X-Men: Deadly Genesis 02, fevereiro de 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Chris Justis
Marvel Comics.

HISTÓRIA:

Em um acampamento formado pelo exército norte-americano, Kitty Pride e Fera tentam convencer o comandante da tropa por meio de métodos convencionais a liberar o prisioneiro (Wolverine). O comandante se nega e eles apelam para o “plano B”, que consiste no controle mental do comandante por meio da telepatia de Emma Frost que estava escondida no Pássaro Negro (o jato dos X-Men).

Em outro local, Rachel Grey e Scott Summers acordam aprisionados e desprovidos de seus poderes. Ela capta resíduos psíquicos (“pegadas mentais”) e sente que o Professor Xavier já esteve no local. De repente, o inimigo misterioso aparece e diz que eles receberão a punição que merecem. Ele não revela quem ele é e o fato de pensar que Wolverine está morto faz Ciclope pressupor que ele não conhece Logan.

No Instituto Xavier, Alex Summers (o Destrutor, irmão de Ciclope) age de modo impulsivo e atrapalha os reparos que estão sendo feitos em Cérebra por Fera, Kitty e Emma. Ele é expulso da sala e tem visões do passado do Homem de Gelo com Lorna Dane, sua antiga paixão.

O Banshee avisa Kurt que está indo ao Instituto e dá a ele os dados do seu vôo. Sem que saiba, o homem que capturou Ciclope e Rachel ouve toda a conversa. Kurt e Logan vão ao aeroporto esperá-lo. Kurt conta a Logan sobre os pesadelos que anda tendo e acha que os outros X-Men também estão sentindo as mesmas sensações. Logan fala sobre a visão de Jean Grey e diz a Kurt que espera que o Banshee tenha as respostas.

A cinco minutos do pouso do avião no aeroporto, o Pássaro Negro (o jato dos X-Men) sobrevoa em direção ao avião doméstico, para desespero de todos. Sean tira suas roupas civis e, como o herói Banshee, sai do avião e tenta conter a investida do Pássaro Negro. Ele tenta usar seus poderes mas não é suficiente. Então os dois aviões se chocam e há uma grande explosão, para desespero de Noturno e Wolverine!

CONTINUA...
(Obs: Os comentários serão feitos ao final da descrição da última parte desta minissérie)

terça-feira, 10 de março de 2009

X-Men: Gênese Mortal 01 (2006).

X-Men: Gênese Mortal 01 (2006).
(X-Men: Deadly Genesis 01, janeiro de 2006)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Trevor Hairshine
Arte-final: Chris Justis
Marvel Comics.

OS FATOS ATÉ ENTÃO:

“Após o confronto de X-Men e Vingadores com a Feiticeira Escarlate, filha de Magneto, o mundo que conhecemos foi mudado. Onde antes havia centenas de milhares de mutantes, agora restam pouquíssimos – e a maioria da população nem imagina por quê. Magneto é agora um ser humano comum, e Charles Xavier, fundador dos X-Men, está desaparecido.

Neste novo clima de medo e mudança, o governo dos EUA decidiu monitorar de perto a comunidade mutante sobrevivente, e autorizou a reativação do programa Sentinela com esse propósito – mas, desta vez, os robôs gigantes são controlados por seres humanos e não inteligências artificiais.”

Para saber sobre a origem dos robôs Sentinelas, clique aqui.

HISTÓRIA:

A história se inicia com o Fera conversando com Ciclope se dizendo preocupado com o paradeiro de toda a energia que consubstanciava os poderes mutantes, após os eventos acontecidos no Dia M, dia este em que a maioria dos mutantes perdeu os poderes, graças às palavras mágicas da Feiticeira Escarlate (“Chega de mutantes!”) na saga Dinastia M.

Enquanto isso, no espaço, um homem ressurge de dentro de uma rocha que orbitava perto de um ônibus espacial (Prospecto). Assim que descobre que está no século vinte e um, ele se revolta e podemos ver uma intensa energia saindo da nave.

Na Mansão X, Noturno e Colossus têm momentos de nostalgia e relembram a importância do Professor Xavier em suas vidas. Na sala onde fica Cérebra (a máquina detectora de mutantes), Kitty e Emma trocam farpas. Emma está em busca do Professor mas, de repente, recebe uma leitura muito forte de um mutante nível ômega que a faz desmaiar. Kitty consegue ver uma nave espacial pegando fogo na atmosfera, caindo no norte de Nova York.

Os X-Men Ciclope, Wolverine e Rachel Summers, decidem ir ao local investigar. Enquanto isso, na mansão Kitty vê uma imagem fantasmagórica no espelho quando Peter (Colossus) aparece. Ela acha que isso é efeito do acidente com Cérebra. Sem que ela saiba, Noturno tem visões semelhantes no campo da mansão, vendo imagens de homens tentando caçá-lo e chamando-o de demônio.

Enquanto isso, Ciclope e os outros dois X-Men que o acompanham vêem o ônibus espacial sendo segurado por uma mão em forma de rocha. Rachel capta alguém dentro da nave. Eles descartam a hipótese de ser Charles Xavier.

No norte de NY, os X-Men vêem um vulto de Jean Grey em uma caverna. Rachel sai na frente e é aprisionada por um homem misterioso. Wolverine e Ciclope tentam contê-lo, mas são aprisionados por este homem que parece ter pleno controle sobre energia. O homem chama Ciclope pelo nome (Scott) e não reconhece a Garota Marvel (Rachel). O homem leva os dois Summers e deixa Wolverine no local. Logo depois, a UNI (Unidade Nacional de Intervenção) aparece no local e dá voz de prisão a Wolverine.

Na ilha Muir, Sean Cassidy (o Banshee) procura nos arquivos de Moira algo que possa localizar Charles Xavier. De repente, ele vê o vulto de sua ex-amada do lado de fora e vai atrás dela. Ele segue o vulto até uma sala onde se encontram arquivos do Professor Xavier. Lá, ele assiste a uma gravação de Moira Macttagert que afirma que um dia deverá perdoar Charles Xavier pelo “canalha” que ele é.

CONTINUA...
(Obs: Os comentários serão feitos ao final da descrição da última parte desta minissérie)