terça-feira, 25 de agosto de 2009

Jovens X-Men 11-12: “Fim dos Dias”.


“Fim dos Dias”
(Young X-Men 11-12, 2009)

Roteiro: Marc Guggenheim
Desenhos: Rafa Sandoval (sequências do presente) e Daniel Acuña (sequências do futuro)
Arte-final: Roger Bonet (sequências do presente)
Marvel Comics.

Inicialmente, seria injusto se não ressaltasse o belíssimo trabalho que o desenhista Pasqual Ferry fez nas duas últimas capas da revista Young X-Men. De tirar o chapéu!

E aqui, no arco “Fim dos Dias”, vemos o canto do cisne desse jovem grupo de mutantes que começou com o pé esquerdo em matéria de planejamento editorial. A última trama desses personagens em seu título próprio intercala dois ambientes, um passado no presente e outro no futuro, cada qual desenhado por artistas diferentes.

Parte das tragédias que acontecerão no futuro possui ligação direta com o que ocorre no presente, mais especificamente com relação ao destino dos personagens e Ink. Como já foi informado nas edições anteriores, a mutante Pó está com os dias contados após seu confronto com Magma no primeiro arco da série, e o vilão Donald Pierce ofereceu sua ajuda desde que ela o libertasse da prisão. A jovem aceita a oferta mas logo se arrepende quando tem que confrontar seus amigos X-Men. A partir de então, todos se voltam contra o vilão numa longa batalha.

Depois de sua quase aparente morte, Pó é salva pelos poderes da “Fênix” (ugh...) de Ink. Enquanto isso, os Jovens X-Men tomam a difícil decisão de continuar ou não como equipe. O último quadro dessa série, que foi cancelada na 12ª edição por baixas vendas, sintetiza o que já houve de pior em matéria da franquia dos X-Men nos últimos anos (dica: é um grupo de vilões que deveria permanecer no limbo e nunca mais ser revisitado!).


As cenas passadas no futuro vêm a somar mais uma linha alternativa dentro das inúmeras que já existem não só dos X-Men, mas do Universo Marvel em geral. A tragédia que se verifica lá é um contraste com os atos heróicos que se passam no presente e, na minha opinião, foi bem executada.

Devo enfatizar que a revista melhorou muito em matéria de qualidade, tanto em roteiro quanto em desenhos. As cores produzidas por Ulises Arreola feitas nestas duas edições melhoraram muito a arte de Rafa Sandoval, perto do outro trabalho que ele apresentou nesse mesmo título. Eu não veria problema em vê-lo desenhando um título regular da Marvel desde que junto a esse trabalho de cores. Já Daniel Acuña tem aquele estilo todo próprio, e, o fato das cenas sob sua responsabilidade se passarem no futuro, para mim, casou muito bem.

Young X-Men é um título que não deixará saudades e, infelizmente, não passou de uma tentativa mal sucedida em substituir a revista New X-Men, esta sim que já contava com uma parcela considerável de fãs (aliás, os mesmos que não gostaram da mudança de direção que os alunos mais jovens dos X-Men passou a ter desde o início dessa agora sepultada série).


Abraço!

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2 comentários:

Dave D disse...

Eu concordo, dessa vez. Hehehehehe

Gostei do texto do Guggenheim, gostei da arte depois da saída de Yanick (Sandoval primoroso), gostei de algumas conduções do título, mas o problema maior foi viver à sombra da excepcional fase que os New X-Men viveram sob as rédeas de Kyle e Yost.

Noturno disse...

Hahahahaha... tava demorando né?