sexta-feira, 21 de agosto de 2009

X-Force 11: “Quem diabos é Eli Bard?”.

Quem diabos é Eli Bard?
(X-Force 11, 2009)

Roteiro: Craig Kyle e Christopher Yost
Desenhos: Alina Urusov, com Clayton Crain
Marvel Comics.

A título de curiosidade, já analisamos uma revista da franquia dos X-Men que se intitulou “Quem diabos...”. Foi em Jovens X-Men 10. Assim, depois de sabermos quem diabos é Cipher, agora chegou a vez de sabermos quem diabos é Eli Bard. Diabos! Heheh...

Depois de pronunciar seu nome no final da última edição da revista X-Force, o Apache passa a contar a trágica história de Eli Bard que remonta à Roma antiga. Usado como fantoche por uma aristocrata daquela sociedade, logo Eli Bard é descartado depois de perder sua utilidade. Descrito como uma farsa na maior parte de sua existência, a vida do pobre Eli parece que finalmente teria algum sentido quando se encontra pela primeira vez com Selene.

Ocorre que Selene é uma mutante imortal e uma das vilãs mais antigas (“antigas” nos dois sentidos) e malignas dos X-Men. Ela já foi a Rainha Negra do Clube do Inferno e chegou a aparecer recentemente na revista New X-Men, também de autoria de Craig Kyle e Christopher Yost.


Após assumir à Selene que realizaria um feitiço que levaria milhares de almas romanas à custódia da vilã, Eli Bard é mal sucedido em sua empreitada e acaba sendo amaldiçoado por Selene à vida e amor eterno por ela. E assim, já no presente eles se reencontram e Eli oferece algo que pode levá-la a finalmente corresponder o amor eterno que ele nutre dentro de seu coração atormentado: o mutante rastreador Caliban (morto em Complexo de Messias), em forma de zumbi.

Não direi aqui qual o objetivo de Eli Bard com Caliban para não estragar a surpresa (já estraguei várias, hehehe...), mas a edição foi recheada de momentos que poderiam ser facilmente suprimidos. Assim como acontece com outros títulos, os escritores às vezes escrevem histórias arrastadas apenas para dar tempo do desenhista oficial da revista poder cumprir os prazos das edições seguintes. Aqui, muito do que foi mostrado de Roma poderia ter sido contado em poucas páginas, mas como havia 22 páginas para formar a “barriga” do título, não tinha muito o que ser feito.

O desenhista Clayton Crain faz os desenhos que se passam no presente e é aquilo que eu já falei antes: ele é ótimo em cenas de horror. Como nesta edição o que temos é basicamente uma conversa, ficou parecendo um bando de sanguinários ouvindo um conto de fadas! Hehehe... Acredito que Michael Choi seria uma melhor escolha para desenhar as partes do presente.

Já a desenhista Alina Urusov é a responsável pela maior parte da arte produzida nesta edição, com o o passado de Eli Bard em Roma. Ela faz um bom trabalho, até porque sua arte não é convencional a títulos de super-heróis, e o que é mostrado de Eli Bard em Roma passa bem longe disso. Sua arte me lembrou muito aquela dupla de irmãos que desenhou a minissérie da origem da Mulher-Aranha, os Luna Brothers.

Em X-Force, ainda teremos duas edições que servirão de prelúdio para o evento Guerra de Messias. Só espero que não seja uma maneira de enrolar o leitor, como parece ser o caso aqui, até que o título esteja alinhado com a revista do Cable.


Abraço!

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4 comentários:

Dave D disse...

Só tenho UMA coisa a dizer: MÁ VONDATE!!!

Essa edição serviu pra dar profundidade psicológica e de motivação a Eli Bard, até pq ele surgiu DO NADA e foi o responsável por (meio que) sabotar os planos de Bastion e seus fantoches anteriormente.

Então, nada mais lógico que se ambientado num passado, os maneirismo da época fossem mostrados, até pq isso dá credibilidade e tridimensionalidade à narrativa. Coloco em destaque todo o detalhismo do ritual efetuado por Eli e por Selene.

Discordo completamente que tenha havido qualquer excesso narrativo, de conteúdo e/ou visual. A edição termina colocando Eli na posição de jogador de primeira linha e a edição foi eficiente para se estabelecer isso.

=)

Noturno disse...

Que má vontade o que, David! hehehe... X-Force é um ótimo título, mas pessoalmente, não gosto de muita enrolação e acredito que foi o que houve aqui.

Isso não tira sua razão sobre a construção do personagem, mas já vimos outros serem criados sem precisar de tantas páginas, algumas delas redundantes.

Abração!!!

Dave D disse...

Vc é chato. Lero-lero.

=D

Noturno disse...

Hahahaha...