terça-feira, 11 de novembro de 2008

The Amazing Spider-Man 206: No abismo da loucura!

"No Abismo da Loucura"
(The Amazing Spider-Man 206, julho de 1980)

Roteiro: Roger Stern
Desenhos: John Byrne
Arte-final: Gene Day
Marvel Comics.

A partir daqui, começo a escrever sobre uma das fases mais notórias que o Homem-Aranha já teve. Trata-se da fase escrita pelo outrora editor Roger Stern, com desenhos de John Romita Jr. Mas antes de começar sua temporada no título, Stern havia escrito a edição 206 da revista Amazing Spider-Man com desenhos de seu colaborador e amigo John Byrne. Portanto, comecemos por ela para que não fique faltando esta primeira edição escrita por ele.

A história começa abordando o colapso nervoso de John Jameson, nessa época, ex-editor do Clarim Diário. Graças ao Projetor de Raios Mentais do Dr. Jonas Harrow (criador dos vilões Cabeça de Martelo, Canguru e Fogo Fátuo), o estado mental de Jameson foi se deteriorando ao ponto de causar a sua demissão do Clarim e afastamento de seus amigos. Nesse momento, ele se encontra capturado por Harrow que, almejando levar os homens à loucura e derrotar diretamente o Homem-Aranha, projeta seu maquinário para o Clarim Diário.

Peter Parker aparece para fazer uma visita ao seu antigo emprego (nessa época ele fotografava para o Globo Diário), quando todos os empregados do Clarim começam a agir de modo estranho por conta do projetor. Até mesmo Peter perde o controle sobre seu estado mental, mas ainda assim consegue fazer com que as pessoas saiam do prédio. Com seu sentido de aranha, ele localiza e destrói o projetor e, logo em seguida, é contatado por Jonas Harrow, que se apresenta e o chama para o combate.

Após o confronto indireto entre o Homem-Aranha e o Dr. Harrow, John Jameson é salvo mas culpa o Homem-Aranha por quase ter sido morto por um tiro desviado por este. E assim, as coisas permanecem como antes, com Jameson odiando o Homem-Aranha mais do que nunca.

Os desenhos de John Byrne estão muito bons. Aliás, na minha opinião, nos anos 80, Byrne reinou absoluto, sendo meu desenhista preferido deste período, por mais que existissem outros nomes por quem eu aprecie muito o trabalho realizado, como Arthur Adams e Frank Miller. Mas, para mim, Byrne tinha um storytelling perfeito e um estilo que casava perfeitamente com a "casa das idéias". Nessa época, também, Byrne não economizava esforços para caprichar, o que mostra uma visível diferente entre os desenhos dele de outrora com os atuais que ele produz.

Enfim, trata-se de uma história simples, divertida e bem desenhada que, ao contrário dos dias de hoje, começa e termina na mesma edição (salvo raras exceções).

Depois dessa edição 206, Roger Stern voltaria na 224 da revista Amazing Spider-Man, iniciando a sua fase com o retorno do Abutre, e já com a colaboração de John Romita Jr. nos desenhos. Uma fase memorável que será relembrada nesse mês de novembro.

Abraço a todos!

3 comentários:

Noturno disse...

Mudei o título do tópico. Mantive o nome da revista por conta da imprecisão em se traduzir "Amazing". Se colocasse "espetacular", esbarraria no outro título que o Aranha já teve com esse nome. Abraço!

flávio disse...

Prefiro no original mesmo...

E a capa também é do Byrne? Pelo thumb, parecia o Romita, Sr.
E fill-ins são muito bons pra você verdadeiramente constatar a capacidade de um escritor contar uma história. Em 22 páginas você tem que ser capaz de transmitir tudo que precisa ser dito. Começo, meio E FIM, com o mínimo de pontas soltas possível, se der.

Noturno disse...

Flávio, procurei e não achei o autor da capa.

E muito interessante sua opinião sobre a importância dos fill ins. Bem por aí mesmo!!