segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Os X-Men 13: Por onde passa o Fanático!

"Por onde passa o Fanático!"
(The X-Men 13, setembro de 1965)

Roteiro: Stan Lee
Esboços: Jack Kirby
Desenhos: Werner "Jay Gavin" Roth
Arte-final: Joe Sinnott
Marvel Comics.

Depois de passar a edição anterior contando a sua origem e sua relação conturbada com seu meio-irmão Cain Marko, nesta edição vemos o efetivo confronto do Fanático contra os X-Men. Todas as tentativas dos pupilos de Xavier parecem ser em vão, pois nada parece fazer pará-lo. O máximo que os X-Men conseguem ao longo da edição, e antes que Xavier consiga detê-lo é incomodá-lo e retardar seu caminho.

O Fanático é arremessado em um buraco criado por Ciclope... em vão. É confrontado diretamente por Ciclope e Anjo... em vão. Detém as defesas do Homem de Gelo e derrota o Fera, mesmo quando este conta com a ajuda da Sala de Perigo. Aqui é mostrado que o Fanático também tem uma aura protetora que impede que ele seja diretamente afetado por ameaças externas. Seu capacete também o protege de ataques mentais.

E é pensando nisso que Xavier bola seu plano de conter o vilão. Enquanto os X-Men retardam seu avanço, Xavier cria às pressas um amplificador de seus poderes e seus pensamentos são ouvidos por várias pessoas, dentre elas o Demolidor e o Tocha Humana do Quarteto Fantástico.

Enquanto fuça na sua geringonça, Xavier inicialmente pede para que o Fera afrouxe o capacete do Fanático. Depois, contata o Tocha Humana para que este o auxilie e, após um momento de certa relutância e desconfiança, o Tocha intervém, luta contra o vilão e dá tempo para que o Anjo se recurepe e tire o seu capacete. Sem ele, Xavier consegue invadir sua mente e o detém. Cria-se, assim, a maneira clássica de deter o vilão.

O Fanático, já incapaz de criar mais um tipo de ameaça ao grupo, demonstra todo o seu rancor pelo seu irmão e é finalmente abatido. E, graças a Deus, ao contrário de Lúcifer, que os X-Men deixaram sair ileso, Xavier promete levá-lo às autoridades.

Destaco as palavras finais de Xavier ao seu irmão, um texto que denota todo o potencial imaginativo de Stan Lee naquela época:

"Sua vida toda foi movida à ganância... inveja... cobiça! E agora... chegamos a... isto! Se as coisas tivessem tomado outro rumo, poderíamos ser amigos... irmãos de verdade! Mas você repudiou qualquer outro caminho! Este capítulo final foi escrito no dia em que nos conhecemos! Só poderia terminar assim!"


Muito bom! E assim, Xavier apaga as memórias do Tocha Humana para que ele não se lembre de nada e à exceção de Jean Grey, todos os X-Men ficam na enfermaria. Os quatro flertam com pobre coitada.

Esta edição é inteiramente dedicada ao confronto dos X-Men (e o Tocha Humana) contra o Fanático. Tudo sobre a história do vilão e sua ligação com seu meio irmão foi contada na edição anterior, que criou todo aquele clima de mistério sobre como ele seria para, aqui, os X-Men o combaterem. A necessidade de contar com a ajuda do Tocha Humana é mais um demérito para os X-Men, que não conseguem derrotá-lo sozinho.

Sobre o confronto em si, se Xavier precisava de tanto tempo assim para poder desenvolver seu amplificador, por que gastou tanto tempo contando sua origem para os X-Men? Mas ressalto que isso serviu para que os leitores ficassem sabendo de sua história, de maneira que essa "tática" de embromar ao máximo o Fanático nessa segunda parte da história funcionou como forma de amenizar a estupidez do Professor X.

O irrefreável Fanático apareceria novamente na Era de Prata nas edições 32-33 e na edição 46, ainda com algum mérito antes de ser derrotado por inúmeras vezes e perder esse ar ameaçador dessas edições iniciais.

Curiosamente, Werner Roth assume a arte da revista a partir dessa edição e vemos uma melhora na arte trabalhada encima dos esboços de Jack Kirby. Até The X-Men 22, Roth usará o pseudômino "Jay Gavin" nos créditos.

Essa edição e a anterior devem, portanto, serem lidas em conjunto, de maneira que uma fica bastante sem graça sem a outra. É uma leitura de referência obrigatória para os fãs dos X-Men, por conter informações muito importantes a respeito da origem do mentor do grupo (e também por ser uma excelente história... claro, nos moldes da Era de Prata).

Abraço a todos!

2 comentários:

Professor Chuchú disse...

"FaniBoy" X "Chuk"!!!

E a porrada continua!

Origens "Çekretas & Iskundidas" de Xavier!?

Tocha-Humana fazendo "figuração" por aqui!?

Não tem como dar errado!!!

Take care,

Zatanno Frost

ERIC_Cavalier disse...

Sensacionais essas histórias da Era de Prata onde a galera apaga as memórias um do outro como se fosse a coisa mais normal do mundo hahah. E deu pano pra manga pro Brad Meltzer em Crise de Identidade.