terça-feira, 18 de novembro de 2008

Os X-Men 16: O sacrifício supremo!

"O sacrifício supremo!"
(The X-Men 16, janeiro de 1966)

Roteiro: Stan Lee
Esboços: Jack Kirby
Desenhos: Werner "Jay Gavin" Roth
Arte-final: Dick Ayers
Marvel Comics.

O Professor Xavier consegue voltar para o seu corpo físico. Ele deduz que a solução para o caso será descobrir o que aconteceu com o Sentinela caído no estúdio da TV. Assim, ele decide voltar à cidade e, para isso, controla mentalmente duas pessoas que trafegam pela estrada.

Aprisionados, os X-Men tentam escapar da redoma que os prende, mas suas tentativas são em vão. O Fera é mandado de volta à prisão pelo Molde Mestre, que ameaça mais uma vez Bolivar Trask caso este não o ajude a criar mais robôs.

Já no estúdio, Xavier sonda mentalemente o Sentinela moribundo e, graças a um policial, descobre que o que interferiu no funcionamento do robô foi a quebra do raio de transmissão por um cristal gigante que adorna uma torre próxima. Esperava algo mais elaborado, mas estamos na Era de Prata. Prossigamos.



Quando os Sentinelas tentam colocar o Fera junto a seus amigos na esfera que serve de prisão, os X-Men bolam um plano e conseguem escapar. Daí inicia-se uma nova batalha... para eles serem novamente derrotados por raios atordoantes! Por que diabos eles já não usam logo raios letais?

Mas antes que isso aconteça (que burros...), a cavalaria chega: três helicópteros que carregam o cristal gigante desliga todos os Sentinelas da região.



Os X-Men acordam e vão ao encalço de Molde Mestre.

Mas neste momento as luzes se apagam e inicia-se a fase de criação de novos Sentinelas. No meio do processo, Bolivar Trask se arrepende de seus atos e destrói a fonte de força iônica, capaz de mandar tudo pelos ares, inclusive o Molde Mestre.



E assim, tudo começa a explodir e os X-Men iniciam uma fuga frenética da fortaleza e escapam no último segundo (estou exagerando um pouco na descrição desse detalhe)! Nos escombros, criatura e criador jazem mortos... e uma nova ameaça ronda o instituto. Obs: na edição seguinte é revelado que se trata de Magneto (sim, ele voltou rápido do espaço, não? hehehe...).

E assim, a história inicial com os Sentinelas é finalmente concluída. Desnecessariamente dividida em três partes, ela poderia ser facilmente contada em apenas duas. Nas duas edições finais, vê apenas um emaranhado de batalhas e discussão sem muito sentido entre as máquinas e seus planos malignos.

Detalhe, em The X-Men 57, o filho de Bolivar Trask, Larry, apresentaria uma nova versão mais avançada desses robôs.

Stan Lee usa e abusa dos recordatórios, de maneira que você leva bastante tempo pra poder ler cada edição. Por um lado é bom porque, de certa forma, desenvolve os personagens. Por outro, no entanto, acaba ficando repetitivo e redundante já que na maioria das vezes vemos os X-Men conversando sobre como irão derrotar cada desafio que aparece à sua frente. Há ainda a agravante de os Sentinelas serem robôs “desprovidos de emoção”, e seus objetivos já ficaram bastante claros na edição 14.

Como disse acima, a conclusão sobre o cristal gigante, para mim, soou muito forçada. Por alguma razão, esse cristal interfere no funcionamento dos Sentinelas. Assim, apelou-se para uma espécie bizarra de “mágica científica” (um contraste).

Os desenhos de Werner Roth ("Jay Gavin" é seu pseudômino), permanecem exatamente os mesmos, sob os esboços de Jack Kirby. Não se verifica nada de inovador nas cenas de ação, seguindo o mesmo padrão das edições anteriores.

Enfim, esse arco dos Sentinelas começou muito bem mas perdeu um pouco seu impacto nas edições seguintes por ter se alongado mais do que o necessário. Recomendo mais uma vez a leitura pela importância dessa história no universo dos X-Men.

Por fim, uma frase interessante. Na cena dos escombros da fortaleza, onde o Molde Mestre e Bolivar Trask se encontram mortos, Stan Lee dá o seu recado: "Cuidado com os fanáticos! Por muitas vezes, sua cura é muito mais mortal que o mal que denunciam!". Recado dado, fim de história.

Abraço a todos!

12 comentários:

Professor Chuchú disse...

"Cuidado com os fanáticos! Por muitas vezes, sua cura é muito mais mortal que o mal que denunciam!"

Será que o Bush lia X-Men quando bambino? Acho que não!

Conclusão da "trilogia" que apresenta as Sentinelas ao UM!

Acompanhar a evolução desses andróides (ou robôs?) é um show a parte na mitologia de X-Men!

Das Sentinelas "FetoForme" (corpinho & cabeção) as "Sentinelas Selvagens & Nanosentinelas" do Morrison!

Como é bom ser mutuninha! uahahaha

A gente "se" divertimos!

Take care,

Zatanno Frost

Anônimo disse...

Haja texto amigos!

Noturno disse...

Zatanno, adorei o termo "trilogia" dos Sentinelas. Bem por aí.

E Mister, leia tudo porque a tendência é piorar (mais texto!). hehehe...

Abraço amiches!

Anônimo disse...

Não é minha fase favorita dos mutantes. As idéias eram boas, mas a época não era a certa, eu acho. Dava pra fazer histórias mais "violentas".

Mesmo assim ajudou a construir o mito.

Stan Lee is my superhero.

Anônimo disse...

Concordo com o Arthur. As histórias valem muito mais pelos conceitos, que foram melhor desenvolvidos dps

ERIC_Cavalier disse...

Eu gosto dessas histórias e quero ganhar a Biblioteca Marvel hahah.

(Sou o ERIC_Cavalier by the way)

Professor Chuchú disse...

Para de má vontade, R2! Temos sempre que contextualizar sempre, amiche!

Naquela época funcionava esse climão "light"!

Depois vieram os anos 80 emuuuuuito "colesterol"! Uahahahaha

Mas conccordo com vc que os arquétipos criados por "São Lee" vieram,cresceram (lá neles!) e mostraram a que vieram!

Take care,

Zatanno Frost

Anônimo disse...

Os primeiro plots dos Sentinelas foram sensancionais, uma tacada de mestre esses robôs gigantes; uma força policial "equivalente" ao perigo que os mutantes representavam.

James Figueiredo disse...

Então, Neto, não é nenhum segredo que não sou o maior fã do Kirby, mas é impressionante como a finalização do Werner Roth deu um toque mais..."elegante" aos desenhos dele.

E é verdade, os conceitos lançados aqui foram a fundação pros desenvolvimentos posteriores, quando os X-Men viraram a franquia de sucesso que são hoje.

Abraço,
J.

Anônimo disse...

Mais uma para a promoção. Estou no aguardo de sua resenha sobre os títulos X pós MC.

Aldebafã.

Anônimo disse...

Essas histórias são a prova de que o Stan Lee era um grande criador de conceitos mas era muito fraco como roteirista. Suas idéias eram excelentes já o desenvolvimento delas...

Unknown disse...

Volnei, vc sabe que suas resenhas são ótimas, mas que eu não consigo gostar dessas histórias do Lee.


Estou postando aqui só pra ver se por ironia do Destino essa biblioteca(rgh) sai pra mim. :lol:

:-)