sexta-feira, 3 de abril de 2009

Thor (vol. 3) 01-08.

Thor (vol.03) 01-08.
(Thor 01-08, setembro de 2007 a junho de 2008)

Roteiro: J. Michael Straczynski
Desenhos: Olivier Coipel (01-06) e Marko Djurdjevic (07-08)
Marvel Comics.

Depois de falecer no evento Disassemble (A Queda, no Brasil), que mostrou o Ragnarok da mitologia nórdica, Thor aparentemente tinha voltado no evento Guerra Civil. Porém, conforme se descobriu logo depois de sua suposta reaparição, tratava-se na verdade de um clone produzido por Tony Stark, dentre outros, a partir do código genético do Deus do Trovão.

Pouco depois da aparição deste “Clor”, foi finalmente anunciada a equipe criativa da nova série do Thor, depois do cancelamento do volume anterior em dezembro de 2004. O escritor seria J. Michael Straczynski, e os desenhos ficariam a cargo de Olivier Coipel (este, depois de desenhar Dinastia M e uma edição de New Avengers).

Com relação a Straczynski, os leitores ficaram preocupados haja vista que nas entrevistas que este começou a conceder logo após o anúncio de seu nome, ele proproria algumas mudanças um tanto quanto radicais no personagem: Asgard se localizaria no deserto de Oklahoma e haveria o retorno do alter ego do personagem, Donald Blake.

Depois dessa certa apreensão foi lançada a primeira edição da revista Thor e as opiniões foram divididas. Uns a acharam muito boa e com uma ótima ideia para trazer Thor ao mundo dos vivos (são os homens que decidem quando um Deus deve morrer ou viver, dependendo do quanto eles acreditam na sua existência), ao passo que outros acharam que o ritmo dessa edição de estreia foi muito lento.

Pessoalmente, fico no meio termo. Apesar de achar que lendo de uma só vez essas primeiras 8 edições, a história é excelente e muito bem escrita, certamente para quem foi lendo em doses homeopáticas deve ter causado uma certa frustração por conta do desenvolvimento da trama. Acredito que a partir da edição 3, o ritmo melhora e a revista passa a ter mais conteúdo.

As duas primeiras edições tratam do retorno de Thor e da reconstrução de Asgard (como dito, no deserto de Oklahoma). Por falar no reino dos deuses nórdicos, ficou interessante a forma como Straczynski o insere na Terra: Thor a eleva a poucos metros acima da superfície, de maneira que literal e metaforicamente os asgardianos estão acima dos seres humanos mortais.




Na terceira, há uma excelente batalha entre Thor e o Homem de Ferro, combate que mostra a superioridade do primeiro além de uma espécie de acerto de contas pelo fato de Stark ter brincado com o código genético de Thor. Ao final desta, Thor descobre onde o espírito de Heindall (o guerreiro protetor da antiga ponte arco-íris de Asgard).

As edições seguintes tratam do retorno dos personagens asgardianos e bastante populares para os fãs da série como Balder, Frandall, Volstagg e Hogun, bem como o arquiinimigo de Thor: Loki. Outra mudança radical de Straczynski: Loki retorna como uma mulher! O Deus da Trapaça usa essa alteração de gênero para convencer Thor de que ela não é mais a mesma e que agora vai se comportar (e Thor, mais uma vez, cai no conto da nova vilã).




Mas as melhores edições, na minha opinião, são as duas últimas (7 e 8), quando a revista já está no ritmo ideal de desenvolvimento e já estamos a par do cenário construído por Straczynski: o reencontro de Thor com seu pai Odin. Nela, Odin conta como seu pai falecer e sobre como ele não fez nada para trazê-lo de volta à vida e como isso se repetiu com Thor com relação a ele. Além disso, descobrimos o paradeiro de Lady Sif na Terra, presa em um corpo moribumdo de uma mulher enferma no hospital em que Jane Foster trabalha. Loki aparentemente aniquila suas chances de voltar a ser o que era ao impedi-la de se encontrar com Donald Blake.

Além de serem as melhores edições em termos de narrativa, as edições 7 e 8 ainda contam com os desenhos de Marko Djurdjevic, mais conhecidos pelas suas belas capas em vários títulos da Marvel, e muito superiores aos do desenhista oficial da série: Olivier Coipel. Ressalto apenas que os desenhos de Coipiel não são ruins, pelo contrário, mas determinados quadros do desenhista quando mostram o rosto de personagens (inclusive Thor) de frente ficam muito estranhos e aparentam desproporcionalidade. Mas mesmo assim, é dele o design do novo visual de Thor, que ficou ótimo, e também a forma como ele desenha a imponência dos poderes do personagem título são excelentes!

Enfim, Thor é uma das melhores séries em andamento da Marvel nos dias de hoje uma das (senão a) melhores razões para se acompanhar a revista Novos Vingadores.

Abraço!

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