quarta-feira, 1 de abril de 2009

All Star Superman 01-12.

All Star Superman.
(All Star Superman 01-12, janeiro de 2006 a outubro de 2008)

Roteiro: Grant Morrison
Desenhos: Frank Quitely
DC Comics.

Essa é outra série que eu esperei terminar todas as publicações aqui no Brasil para poder começar a ler. Por conta dos prazos mais prolongados em razão da demora do desenhista em concluir cada edição, a 12ª e última edição levou quase três anos para ser lançada.

As histórias são interligadas por uma trama central, envolvendo uma superexposição de radiação solar que está destruindo as células do Superman, graças a um plano de Lex Luthor em destruí-lo. E assim, à medida em que o herói vai se deparando com adversários dos mais variados e viajantes tipos (muito provavelmente uma atualização de conceitos resgatados de histórias muito antigas do personagem), seus poderes vão se esvaindo. O Superman está morrendo.

As caracterizações são bem construídas, com cada personagem contando com uma voz diferente, com destaque para Lois Lane que sempre a achei interessante desde que não ficasse apenas no papel de namorada preocupada. O fato de ela ter um papel bastante importante nessa série a deixou da forma como gosto de vê-la atuando nas histórias. A edição em que ela possui os poderes do Superman por algumas horas é bem interessante.

A mais fraca das histórias, na minha opinião, foi a visita de Clark Kent à prisão para entrevistar Lex Luthor. As cenas em que Clark acoberta as situações de perigo sem que Lex descubra que ele é o Superman, para mim, soaram um tanto quanto infantis demais. Tudo bem, era essa a intenção, mas não gostei ou achei graça nessa brincadeira. Ressalto apenas que critico apenas a ideia em si de salvamento e não os diálogos que Grant Morrison escreve nesta história.

Já a melhor é a em que dois Kriptonianos chegam à Terra e dão muita dor de cabeça ao herói. Particularmente, achei fascinante haver dois kriptonianos astronautas. Era algo que nunca tinha me ocorrido. A personalidade arrogante dos dois ficou muito boa e destoa muito da forma como Clark foi criado. Outra história interessante é a que mostra Superman preso no mundo Bizarro e tem que arranjar uma forma de sair de lá.

O interessante é que a série brinca com o fato de sabermos os elementos básicos do universo do personagem, como sua origem e sobre o que Clark Kent é e faz, e nos traz uma série de situações inusitadas até o momento de sua conclusão que, ao contrário das séries contínuas, parece ser a intenção aqui. Ou seja, uma grande história fechada em um universo à parte. Outro ponto positivo a seu favor é que nem sempre Superman precisa usar seus poderes para salvar as pessoas, como mostra a excelente cena mostrada no quadro abaixo.



Os desenhos de Frank Quitely são muito bem detalhados e, pessoalmente, gosto muito da arte dele (apesar de perder um pouco a paciência por conta dos atrasos; a série inicialmente era pra ser bimestral). Para quem não consegue enxergar seu estilo próprio, provavelmente vai estranhar algumas caras e bocas ou algumas proporções exageradas dos personagens que ele desenha. Mas é inegável sua capacidade de construir belas sequências, seja de cenas de ação como de momentos importantes, bem como entidades ou seres extradimensionais.

Como sou um completo leigo no assunto, quando se trata de Superman e seus personagens, não captei homenagens, não identifiquei ou reconheci personagens ou conceitos há muito esquecidos. Apenas li a história esperando algo bem produzido e foi o que encontrei. Os fãs da série provavelmente se empolgarão mais.


Abraço!

Nenhum comentário: