quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Batman 655-658: Batman & Filho.

"Batman & Filho"
(Batman 655-658, a partir de setembro de 2006)

Roteiro: Grant Morrison
Desenhos: Andy Kubert
Arte-final: Jesse Delperdang
DC Comics.

Este é o primeiro arco de histórias escrito por Grant Morrison à frente do principal título do Batman. Da mesma forma, é a estréia de Andy Kubert nos desenhos para a DC Comics, logo após ter sido encerrado o seu contrato de exclusividade com a Marvel.

Batman & Filho retoma uma história publicada na graphic novel Batman: o Filho do Demônio, também escrita por Morrison, que ao final, ficamos sabendo que a filha de Ra's Al Ghul, Talia, deu a luz a um bebê, filho de Batman. Essa história foi durante anos colocada como fora da cronologia do personagem, algo que o outrora editor dos títulos do morcego, Dennis O'Neal, não cansava de repetir. Sinal de que hoje estamos em outros tempos, sob outros pontos de vista do que pode ser (ou não) interessante de se agregar à mitologia do homem morcego.

Após uma rápida captura do Coringa, Batman decide tirar férias em um evento de caridade em Londres. Lá ele se encontra com Kirk Langstrom, também conhecido como o Morcego Humano (Man-Bat). A mulher deste é raptada por Talia, filha de Ra's Al Ghul, a fim de que esse entregue o soro que o tranforma no morcego. Assim que consegue cumprir esse seu objetivo inicial, ela forma um exército de morcegos que atacam o evento de caridade e seqüestra a mulher do Primeiro Ministro da Inglaterra.




Batman é capturado pelos morcegos, é apresentado a Damien, seu filho, e é solto logo em seguida. Talia diz que voltará a atacar e, enquanto isso, Batman deve cuidar de seu filho. E por duas edições, vemos esse menino aprontar as suas.

Damien é um garoto extremamente irritante, sádico, treinado pela Liga dos Assassinos e que, não só decepa pessoas sem piedade, como também dá uma surra em Robin, dizendo-se logo em seguida o seu sucessor.

Depois de aprontar um monte e encher o saco de todos (inclusive os leitores), pai e filho vão atrás de Talia num batfoguete. Ao encontrá-la, Talia dá a sua cartada final, oferecendo seus préstimos de combate ao crime desde que Bruce aceite formar uma dinastia com ela que, segundo suas palavras, poderá governar o mundo por mil anos. O melhor é a chantagem que ela faz perguntando a Damien com quem ele prefere ficar. O garoto fala que prefere ver os dois juntos.



Ao final, o submarino explode e Talia e Damien desaparecem na explosão, deixando um único vestígio (um pedaço da capa do garoto).

Confesso que esperava bem mais de Grant Morrison. A história não é ruim, mas também não é nada excepcional. A trama é ágil, porém com momentos extremamente irritantes, como o próprio Damien. Não espero que Morrison escreva um clássico atrás do outro, mas essa história é bem "feijão com arroz".

Andy Kubert tem um estilo que me agrada bastante, mas um ou outro quadro e algumas expressões faciais ficaram muito ruins. Ele também é craque em desenhar personagens em posições humanamente impossíveis. Destaco com ponto positivo a capa da edição 655 (a que ilustra esse blog) que, na minha opinião, ficou fantástica!

Enfim, matei minha curiosidade (com certo atraso) em ler o tão esperado Batman de Grant Morrison e tenho minhas dúvidas se vou dar continuidade à série.

Abraço a todos!

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa história Batman & Filho é muito ruim e desprovida de qualquer sentido. Para ser a estréia do MORRISON no título foi uma tremenda decepção. Arco curto, roteiro chaaato, Batman bobalhão... só vale pelos desenhos do Kubert que realmente mostrou estar em grande forma.

Anônimo disse...

Os comentários sobre essa fase vão ficar enviesado só comigo e com o átila aqui mas vamos lá...

Pra mim o primeiro número dessa série ateh q pareceu promissor... bruce wayne de volta (na fase pre-IC parecia q ele nunca tirava o capuz)fazendo seu joguinho de playboy... batman encarando na porrada dezenas de morcegos-humanos... massa...

jah depois disso... vemos não uma reintrodução do filho do morcego mas sim uma versão do morrison sobre ela... lá o morcego não teve um relacionamento com talia... ele tomou um boa noite cinderela e foi "abusado" (talvez pra manter o status assexual do personagem)... a cria disso é um jason todd piorado... um personagem q não acrescenta em nada a mitologia do batman... a história eh levada de maneira infantil ateh sua conclusão com chantagenzinha barata ...

A arte do andy kubert eh de regular para ruim... seu irmão adam apesar de demorar 3 meses pra fazer uma hq manda muito melhor...

Como batfã,estou decepcionado... pensando em parar de comprar a mensal depois de muito tempo... continuo só por inércia e vejo meus 6,90 sumindo todo mês... huauhauha...

Agora uma crítica sobre a crítica... tem horas q vc perde muito tempo resumindo a história enquanto expôe pouco sua opinião...

abraço

Noturno disse...

Excelente comentário, Tcc/Lennon! Bem, confesso que fiquei meio perdido nesse arco pois não acompanho as histórias regulares do Batman há muito tempo, de maneira que não pude comparar com os autores anteriores. E a trama não ajuda...

O termo que você usou, "chantagenzinha barata", resume toda a história, muito rasa mesmo.

Sobre sua crítica, vou procurar melhorar. Mas a intenção é deixar um relato da história, não necessariamente um guia, mas um resumo que às vezes poderá ocupar um espaço razoável. Ainda estou encontrando o tom certo para isso. Tudo parte do processo de aprendizado. Por enquanto, não acho necessário separar "História/Crítica".

Por pisar em um terreno desconhecido, não tive muito o que falar sobre Batman e Filho. Considere então uma experiência mal sucedida. hehehe...

Abraço e obrigado pela visita amiche!!!!!