quinta-feira, 27 de novembro de 2008

X-Men: Deus Ama, O Homem Mata (1982).

"Deus ama, o Homem mata"
(X-Men: "God Loves, Man Kills", Marvel Graphic Novel 05, 1982)

Roteiro: Chris Claremont
Desenhos: Brent Eric Anderson
Marvel Comics.

S I N O P S E :

O Reverendo William Stryker inicia sua cruzada religiosa a fim de erradicar todos os mutantes da Terra. Para tanto, planeja usar os poderes de Charles Xavier como instrumento, o que o leva a um cofronto (ideológico) direto com os X-Men.

H I S T Ó R I A :

A história se inicia em uma escola de Connecticut com duas crianças (Mark e Jill) fugindo de uma milícia que se autodenomina Purificadores. Após confessar o assassinato dos pais das crianças, o garoto Mark manifesta um brilho nos olhos (revelando-se um mutante) e é morto com um tiro. Jill, a irmã mais nova, indaga sobre os motivos pelos quais eles estão sendo perseguidos e mortos, obtendo da purificadora Anne um severo "Porque vocês não merecem viver".

Após o assassinato, seus corpos são amarrados e colocados em um balanço do parquinho da escola com cartazes com dizeres pejorativos ("Mutuna") para que no dia seguinte todos da escola possam observar o ocorrido. Mas antes que isso aconteça, Magneto surge e se revolta com o ocorrido. Ele promete caçar os responsáveis.

Em Nova York, no Edifício Stryker, Quartel General da Missão Internacional Cruzada Stryker, o Reverendo William Stryker assiste a um vídeo sobre os X-Men com o intuito de estudá-los e iniciar sua cruzada. Naquela época, o grupo era composto por Ciclope, Noturno, Tempestade, Wolverine, Colossus e Ariel (Kitty Pride), e contava com Charles Xavier como o seu mentor.

Na Academia de Dança Steve Hunter, Kitty discute com um aluno chamado Danny, que diz acreditar nas pregações de Stryker. Após ser contida por seus amigos, a história revela que os X-Men estão sendo monitorados pelos Purificadores.

Mais tarde, os X-Men se reúnem para assistir um debate televisivo entre o Professor Xavier e William Stryker. Xavier participa do debate como "renomada autoridade em genética humana" (até recentemente, sua condição mutante era segredo).

Depois de ficar apreensivos com o desenrolar do debate (o Professor Xavier não se sai muito bem), os X-Men decidem treinar na Sala de Perigo. No estúdio, Ciclope e Tempestade aguardam o Professor e, no caminho de volta para casa, o carro onde os três se encontravam é alvejado por um tiro que faz com que o carro capote e exploda. Os três são capturados. Na escola, Noturno recebe a informação de que os três estão mortos.



No dia seguinte, Kitty chora a morte de seus amigos em um campo da escola e Illyana (irmã de Colossus) tenta confortá-la. Súbito, elas descobrem um sensor eletrônico de vigilância. Kitty usa seus poderes de desmaterialização para danificar o aparelho e as duas decidem esperar os responsáveis pelo monitoramento da Mansão X.

Enquanto isso, Wolverine, Noturno e Colossus vão até o local onde supostamente o Professor Xavier, Ciclope e Tempestade foram mortos. Wolverine confirma que os corpos deixados no local não são de seus amigos (seu olfato superaguçado consegue distinguir pessoas com precisão). De repente, Noturno descobre que eles estão sendo seguidos e assim inicia-se um confronto com os Purificadores. No final do conflito, Magneto surge e diz que veio ao encontro dos X-Men como aliado.



Na mansão, depois de aguardar por muito tempo, os Purificadores aparecem para consertar o aparelho e, assim que é ligado, Illyana é identificada e capturada. Kitty tenta seguir escondendo-se no porta malas do carro, mas também é detectada e o compartimento é envolvido por um gás.

Dentro da escola, Wolverine tenta obter informações dos Purtificadores prisioneiros sobre a perseguição. Mas só quando Magneto intervém com seus métodos (mais sádicos) é que os X-Men descobrem tudo sobre Stryker e sua cruzada que, resume-se à completa erradicação da raça mutante.

"Uma vez mais, genocídio em nome de Deus. Uma história antiga como a humanidade" - diz Magneto, aparentemente triste com a situação.

O Professor Xavier é colocado em um tanque de isolamento e é submetido à uma lavagem cerebral. Ciclope e Tempestade também estão presos e vinculados psiquicamente ao Professor. Ao ser indagado por Tempestade do motivo pelo qual Stryker odeia tanto os mutantes, este responde: "Porque vocês existem. E essa existência é uma afronta ao Senhor".

A partir de então, ele narra sua história. Após servir à Guerra, Stryker e sua esposa sofrem um acidente de carro. Logo após o acidente, sua mulher dá a luz a um mutante. Stryker mata o próprio filho (a quem ele chama de "Monstro") e, logo em seguida, sua esposa (Marcy). Ele encobre os fatos a fim de que ninguém descubra as causas da morte de ambos. Após ter obtido o que chama de revelação divina, Stryker vira pastor. Estas são suas razões:

"O mal... o pecado... era de Marcy, não meu. Ela foi o veículo empregado por Deus para me revelar a mais insidiosa trama de Satã contra a humanidade... Corromper-nos através de nossos filhos, enquanto eles ainda estão no ventre. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, abençoados com sua graça. Os mutantes quebraram esse molde. Eles eram criações não de Deus, mas do Demônio."

Stryker revela ainda que descobriu o segredo dos X-Men por meio de um de seus seguidores que trabalha no FBI, que lhe forneceu cópia dos arquivos de Fred Duncan, amigo de Xavier. Para saber sobre a primeira aparição de Fred Duncan nas histórias dos X-Men, clique aqui.

A Purificadora Anne contata Stryker e pede instruções sobre o que fazer com as prisioneiras. Ele deixa a cargo de Anne o destino de Illyana e manda matar Kitty. E assim, inicia-se uma das melhores cenas de perseguição dos quadrinhos. Kitty foge dos Purificadores, tenta contatar a equipe numa cabine telefônica, tenta escapar entrando num metrô e quando, num ato heróico, se entrega para que mais civis não pereçam, Magneto e os X-Men surgem e a salvam.



No Edifício Stryker, Xavier parece que finalmente sucumbiu ao controle mental exercido por meio da lavagem cerebral a que foi submetido ao supostamente matar Ciclope e Tempestade com uma rajada psíquica. Os planos de William Stryker seriam revelados um pouco mais adiante.

Enquanto isso, os X-Men adentram no edifício e resgaram os corpos de seus amigos aparentemente mortos. Magneto e os X-Men discutem sobre os métodos que cada lado adota para resolver esse conflito.

É anunciado "o mais significativo sermão" da carreira de William Stryker, que seria televisionado e reuniria toda a imprensa e autoridades. Ele inicia sua pregação com palavras da Bíblia, para então dizer:

"Nós somos seres de criação divina. No entanto, há em nosso meio aqueles cuja existência é uma afronta a essa divindade. Deus criou o homem... a raça humana! A Bíblia não faz menção a mutantes. Assim sendo, de onde eles vêem? Alguns, chamados cientistas, humanistas... dizem que os mutantes são parte do processo natural da evolução. (...) Devemos permitir que aqueles que insistem na proposição de que o homem descende dos macacos nos digam que nossos descendentes... nossas crianças... nascerão monstros?! E que isso é natural?! Eu digo não! Eu digo jamais! Nós somos como Deus nos fez! Qualquer desvio deste templo sagrado... qualquer mutação... não pode vir do céu, mas do Inferno!"

E assim, concomitantemente, inicia-se o plano secreto de Stryker. Manipulado pelo aparelho de sondagem mental, Xavier localiza todos os mutantes da Terra e inicia a dizimação dessa raça. Os mutantes começam a sangrar com as rajadas mentais de Xavier. No auditório onde Stryker faz sua pregação, Magneto o defronta mas é atingido por uma das rajadas mentais de Xavier que lhe é direcionada. O reverendo Stryker usa e abusa de palavras bíblicas, interpretando-a literalmente, na tentativa de convencer os presentes (e os telespectadores).

Mesmo feridos, os X-Men adentram no Edifício Stryker para salvar seu mentor. A purificadora Anne, surpreendentemente, revela-se uma mutante, é renegada por Stryker que a joga do palanque para a morte.



Os X-Men conseguem salvar o Professor Xavier e destróem todo o maquinário de Stryker que serviu ao plano de erradicação da raça mutante.

E assim, após um emocionanete discurso de Ciclope, eles decidem ficar e confrontar William Stryker nas idéias. Eles vão até o auditório e Ciclope toma a frente na defesa dos mutantes, num dos diálogos mais incisivos da história dos X-Men.

Sugiro que não deixem de ampliar a imagem a seguir e leiam os diálogos dos debatedores, pois se trata do melhor momento da história, ocasião em que Ciclope mostra com bastante racionalidade a inconsistência dos argumentos de Stryker.



Mesmo parecendo redundante, reproduzo as palavras proferidas por ambos:

"CICLOPE: Você é um homem de sorte. Graças a você... e a pessoas como você... os mutantes vivem atemorizados todos os dias de suas vidas. E, às vezes... essas vidas são muito curtas. Menos de duas semanas atrás, duas crianças em Connecticut foram assassinadas, Stryker... condenadas apenas por um acidente de nascimento. Você faria o mesmo contra alguém por causa da cor de sua pele ou de sua crença?

STRYKER: Eu não faço nada, Ciclope. Sou apenas um instrumento do Senhor! E seja qual for a crença ou a cor de um homem, ele é humano. Aquelas crianças... e vocês, X-Men, não são!

CICLOPE: Quem diz? você? O que torna o seu elo como Paraíso mais forte do que o meu? Nós temos dons exclusivos... mas nada além disso e nem mais especiais do que o de um médico, um físico, um filósofo ou um atleta. Podem ser devidos a um acidente da natureza ou da providência divina. Quem pode garantir? Rótulos arbitrários são mais importantes do que a maneira como levamos nossa vida? O que supostamente somos é mais importante do que realmente somos? Sob outro ponto de vista, nós poderíamos ser a verdadeira raça humana... e todos os demais como você... os mutantes."

Logo após Kitty defender Noturno, Stryker aponta uma arma para ela e antes de apertar o gatilho, é alvejado por um dos policiais que a tudo assistia.



Depois de ser acusado de atirar no reverendo, o policial justifica: "É... o Reverendo ia atirar numa menina desarmada! Se essa é a palavra de Deus, com certeza, ela mudou desde que fui à Igreja domingo passado!".

Os X-Men são liberados, Stryker indiciado pelos crimes que cometeu e, na escola, Xavier é tentado a se entregar à causa de Magneto, mas é convencido a continuar a luta de seu sonho de pacificação entre humanos e mutantes, mais uma vez, com palavras bastante inspiradas de Ciclope.

Xavier recusa seguir Magneto e se arrepende por ter sido tentado a mudar de ideais. Ciclope diz que isso só mostra que Xavier é humano como qualquer um. Tempestade diz que houve uma inversão de papéis, em que naquela ocasião Ciclope se tornara o mestre e Xavier o pupilo, ao que Scott responde: "Rótudos de novo, pro inferno com eles". E, num clima pessimista, todos se reúnem na sacada da Mansão X.



C O M E N T Á R I O S :

1. Sobre o escritor Chris Claremont.

Tenho muito o que escrever sobre essa história.

Inicio dizendo que, ao contrário do que muitos dizem, Chris Claremont foi um escritor que soube sim escrever sozinho excelentes histórias com os X-Men. É muito comum ouvirem "Essa fase é boa porque fulano (o desenhista) deu pitacos nos roteiros". Tirando os que foram devidamente creditados (John Byrne e Jim Lee), todo o resto foi escrito por Claremont e é muito duvidoso que artistas de categoria como Alan Davis nunca tenham pedido para inserir seus nomes nos créditos referentes ao argumento da história.

Os 15 anos à frente do título Uncanny X-Men servem de prova a respeito da qualidade do escritor e esta Graphic Novel escrita só por ele é sem sombra de dúvida um dos mais belos contos dos X-Men.

Lembro que quando li essa história pela primeira vez não consegui ver toda a carga emotiva que ela traz. Alguns anos mais tarde, eu a reli e ela se tornaria uma das minhas histórias preferidas dentro de todo o gênero das HQs. Sempre achei que a melhor coisa já feita com os X-Men foi a Saga da Fênix Negra, mas hoje estou em dúvida quanto a isso, já que Deus Ama, o Homem Mata consegue em uma única revista/história, contar algo tão denso e tão em sintonia com o que o grupo representa.

Talvez aquela seja a melhor história de ação dos X-Men enquanto esta é a que melhor lida com a questão dos mutantes. Dois belos clássicos que contam com o nome "Chris Claremont" nos créditos, para infelicidade de alguns.

2. Discurso de Tolerância.

Nítido é o paralelo da discussão dessa história com as empreitadas de grupos radicais que pregam o discurso da intolerância em prol dos seus interesses, ou simplesmente por seus preconceitos. Mais notório ainda é o quão infundados são esses discursos, na imensa maioria dos casos.

A causa mutante é utilizada nessa história como uma metáfora à perseguição das minorias e o que a torna tão especial é o fato de nenhum dos lados ser tratado de forma ridicularizada. O escritor Chris Claremont procura passar a imagem do antagonista, o Reverendo William Stryker, como uma pessoa inteligente, convicta nos seus ideais e sem surtos que esvaziariam o peso de suas palavras. Ou seja, Stryker em nenhum momento é banalizado (não confundam com seu radicalismo exarcebado).

Mas, ao ser confrontado por Ciclope, os argumentos de Stryker caem por Terra porque, por mais que conceitos de "certo" e "errado" sejam e dependam muitas vezes do regime adotado em determinada época e sociedade, é insofismável a vantagem de se adotar discursos em prol da tolerância, paz e respeito ao próximo (Deus não pede isso?) do que o de uma suposta erradicação de seus semelhantes.

Se Deus existe (e isso vai da convicção de cada; eu, por exemplo, acredito), ele com certeza não gostaria que suas crias saíssem matando outras pessoas em seu nome. Tudo isso está encampando no que Chris Claremont muito bem disse nas palavras de Ciclope: "Quem diz (que os mutantes não são humanos)? Você? O que torna o seu elo com o Paraíso mais forte do que o meu?".

E para consagrar a tese (vencedora) de Ciclope, Stryker aponta para Noturno e diz que aquela "coisa" nunca poderia ser considerada humana. E, como todos os que acompanhavam as histórias dos X-Men naquela época, Noturno era (e é) um dos personagens mais bondosos e carismáticos dos X-Men. Reparem no desenho a falta de nocividade do personagem quando é apontado por Stryker.



Esse contraste de sua aparência com a sua verdadeira essência é o que o torna tão fascinante. Mais uma vez, Claremont cria um diálogo genial, quando Kitty o defende:

"Noturno é generoso, bom e decente! Ele tinha todas as razões para ser amargurado, todas as desculpas pra se tornar um demônio por dentro e por fora, mas em vez disso, decidiu aprender a rir. Eu espero ser, pelo menos, a metade da pessoa que ele é. E, se eu tiver de escolher entre gostar do meu amigo e acreditar no seu Deus... então, eu escolho... meu amigo!"

Emocionante!

3. Perseguição e Arte.

A história também traz bastante cenas de ação, para a alegria dos puristas fãs do gênero super-heróis. Mas eu coloco como destaque a cena de perseguição dos Purificadores ao encalço de Kitty Pride que, para mim, pode ser descrita como cinematográfica. Uma pena não terem aproveitado essa cena em alguns dos filmes dos X-Men (aliás, acho desnecessário mencionar que essa história serviu de inspiração para o segundo filme dos X-Men). É uma sucessão de desafios pelos quais Kitty tem que passar e, graças a seus poderes, ela não é morta em diversas ocasiões (com destaque à cena da cabine telefônica).

E como é bom ter uma equipe única de X-Men! "No momento, são seis (integrantes)". Esse número de X-Men soaria estranho perto das inúmeras equipes espalhadas por títulos "oficiais" da franquia nos dias de hoje.

Com relação à arte, felizmente hoje estou redimido pelo fato de não ter gostado inicialmente da arte de Brent Anderson (faz mais de dez anos que li pela primeira vez). Hoje aprecio muito a arte desse experiente desenhista e a dinamicidade da sua narrativa pode ser constatada na cena em que Ciclope destrói o maquinário que controlava o Professor Xavier.



Brent Anderson, em uma entrevista, disse que este foi seu primeiro trabalho como desenhista e arte-finalista concomitante e que o máximo que havia feito nesse sentido até então foram algumas capas da revista Ka-Zar, que ele desenhava. Elencou uma lista de diversos artistas que o influenciaram na época, como Jack Kirby, John Buscema, Hal Foster, Alex Raymond, Al Williamson, Neal Adams, Joe Kubert, Gene Colon, John Romita Sr., Alex Toth, Milton Caniff, Will Eisner, Wally Wood, Richard Corben, Vaughn Bodé, JC Leyendecker, Fortunino Matania, Franklin Booth, Howard Pyle, Austin Briggs e Norman Rockwell.

Os desenhos possuem um clima soturno e melancólico, algo que vejo como "as coisas andam ruins, e vão piorar". Assim, vejo que a escolha de Anderson para ilustrar essa história foi perfeita.

Enfim, trata-se de uma das histórias mais emocionantes e humanas que os X-Men já tiveram e que só comprova o brilhantismo de Chris Claremont, hoje um escritor muito desprestigiado (e com razão) já que não consegue alcançar o mesmo grau de excelência que se via naquela época.

Abraço a todos!

BAMF!

10 comentários:

Anônimo disse...

Essa historia foi a 1ª Graphic Novel publicada no Brasil, em janeiro de 1988, pela editora Abril!

20 anos!

Anônimo disse...

Essa história é de emocionar. Na primeira vez que li, arrepiei ao ver o discurso alucinado do Stryker no confronto com o Magneto.

O velho CC era foda.

Unknown disse...

Cofrei a edição que lançaram na époa do filme. E realmente, impressiona. Muito bom.

Anônimo disse...

pra quem acha que o Claremont só escreveu obra-prima quando tinha o Byrne ao lado, taí a prova em contrário.

ERIC_Cavalier disse...

Niiiiiiice; review muito bacana.

Anônimo disse...

Meu velho, como eu já te disse no Fórum, parabéns pela resenha!!! Sem dúvidas à altura do que a história merece, e isso não é pouco!!!

ESSA HISTÓRIA É UMA OBRA-PRIMA!!1

AH, e desculpe pela demora para postar aqui. Prometo que transformarei isso numa rotina ;-)

Anônimo disse...

Eu gosto muito dessa história... Como já disse no tópico anterior, as aventuras dos X-men são em base essas diferenças sociais refletidas em seus problemas, mas muitas histórias RUINS dos X-Men usam isso como uma pura justificativa para ter ação e porradaria...

Mas essa história é bem o contrário, não é uma justificativa par aação, é simplesmente a essência dos X-Men como seres rejeitados pela sociedade que tentam se encaixar como minoria injustiçada...

Além disso é engraçado ver como Stryker coloca uma questão centenária... A do Criacionismo contra a Evolução... Pois ele se refere o tempo todo sobre a Obra de DEus, enquanto anos antes a teoria de Darwin era uma afronta à Igreja. Os mutantes seriam a prova mais contundente de que a evolução é de fato verdadeira e isso só poderia ser interpretado por religiosos fanáticos (como sempre), como obra do Demônio...

É realmente uma história muito interessante... Tanto que é a base para o Segundo filme dos X-Men (aliás, o melhor!!! Thanks Solid Snake!!!), e o Claremont ainda não tinha ficado gagá...

Vale a pena conferir!

Monstro de Antimatéria disse...

Gostaria de dar os meus parabéns a toda equipe que faz esse magnífico blog.Principalmente o Sr. Bamf! por ter nos lembrado desse clássico dos HQs.

“Deus ama e o homem mata” é uma das melhores historias dos X-men e realmente merece ser comprada por quem é fã desses heróis.
A historia não possui nada de magnífica, mas ao apresentar o preconceito como o carro chefe de toda forma de ódio Chris Claremont fez uma historia verossímil e marcante.

flw

Anônimo disse...

Eu nunca achei que essa história fosse mais que mediana! Tà, atirem as pedras...Pode ser essa questão meio religiosa que não me interessa muito, mas, claro, é um dos marcos dos X-men;

Professor Chuchú disse...

Dói lembrar que dei de graça essa revista nos "sebos" da vida!

Continuo "garimpando" até hoje por esta revista!

Take care,

Zatanno Frost