terça-feira, 2 de dezembro de 2008

The Amazing Spider-Man 231-232: A Corporação Brand! (Parte 01)

The Amazing Spider-Man 231-232.

Roteiro: Roger Stern
Desenhos: John Romita Jr.
Arte-final: Jim Mooney
Marvel Comics.

Dando continuidade às histórias produzidas por Roger Stern e John Romita Jr., veremos agora o início da resolução da trama envolvendo a Corporação Brand, iniciada na revista Peter Parker: The Spectacular Spider-Man.

Ressalte-se que o título da postagem, "A Corporação Brand", foi criado por mim para abranger toda a trama central produzida.

“Um dia de cão”
(The Amazing Spider-Man 231, agosto de 1982).

A história se inicia em um depósito da polícia onde são guardados produtos de crimes. Dois policiais pensam ter ouvido algum barulho vindo de dentro do depósito (e realmente ouviram) e, logo após deixarem o recinto, o vilão chamado Cobra se apropria de jóias roubadas apreendidas pela polícia de um roubo de semanas atrás.

Ele pega parte das jóias e promete voltar para buscar mais. Enquanto volta para o seu luxuoso apartamento, onde se esconde, ele se sente satisfeito nesse novo esquema de furtos. E ainda se lembra de seu antigo parceiro, Mister Hyde, supostamente morto em um confronto com o Capitão América, e não tem boas lembranças daquela época.

Enquanto isso, o Peter Parker faz dois novos uniformes (uma cena cortada nas revistas nacionais da Editora Abril, conforme vocês verão na imagem a seguir) e logo em seguida transita pelos céus da cidade. Abaixo dele, perto do local onde o Fanático foi enterrado na história anterior, uma figura misteriosa jura sua vingança.



No Clarim, Jonah Jameson se reúne com Ned Leeds e Marla Madison e manda Leeds investigar a Corporação Brand, por conta de suas ligações com esquemas ilícitos. Ned e Marla vão ao encontro de um informante chamado Norton (o “Nariz”). Antes de partir, Leeds se despede de sua esposa Betty e como esta fica preocupada, liga para Peter (que estava na Universidade) e este a acalma. Peter decide ir ao local do encontro.

Ned Leeds e Marla Madison vão ao Maxie's, um bar em uma região decadente de Nova York e encontram com o informante Norton. Lá, o Cobra usando um disfarce aparece pois também estava à procura de Norton. Ele reconhece Ned Leeds como o repórter que assistiu ao seu julgamento e pensa que Norton o está entregando. Assim, ele decide dar cabo do informante.

Já nos trajes do Cobra, o vilão tenta matar Norton, mas o Homem-Aranha aparece e os dois começam a brigar.



Em um determinado momento da luta, quando o Cobra já não oferece mais resistência por ter sido nocauteado pelo Homem-Aranha, o vilão Mister Hyde aparece de forma ameaçadora. Ou seja, ao contrário do que o leitor foi induzido a pensar, não era o Fanático que estava nas sombras jurando vingança, mas sim, Hyde.


“Hyde... à plena vista!”
(The Amazing Spider-Man 232, setembro de 1982).



Mister Hyde pede para que o Homem-Aranha entregue o Cobra. Ele nega e assim eles começam a lutar.

Enquanto isso, Ned Leeds e Marla Madison aguardam o Homem-Aranha trazer o Cobra à delegacia. Ela continua com sua desconfiança sobre o Homem-Aranha. O fotógrafo do Clarim que concorre com Parker, Lance Bannon, aparece para tirar umas fotos do embate. De repente, todos ouvem um barulho e vão para o lado de fora onde a luta prossegue.

O Homem-Aranha arma uma estratégia para retardar os movimentos do Mister Hyde. Ele joga o Cobra com um pouco de teia e Hyde fica grudado no outro vilão.



Entrementes, Lance Bannon e Ned Leeds vão a um local assistir tudo de “camarote”. Bannon procura tirar fotos em um local com pouca segurança.

Mister Hyde derruba caixas d'água de um prédio que acaba fazendo com que Bannon seja atirado de cima de onde estava. O Aranha o salva, mas a máquina fotográfica de Bannon estraga. Ele briga com o Aranha por não ter salvo sua máquina para indignação do herói.



O Aranha perde os vilões de vista e decide voltar pra universidade. Na pressa, acaba não comparecendo a uma festa surpresa que prepararam pra ele.

Hyde leva o Cobra ao apartamento luxuoso daquele. Lá, ele tenta matá-lo pelo fato de seu antigo parceiro tê-lo deixado na prisão. Mas o Homem-Aranha aparece quebrando a janela e diz que os localizou porque colocou um rastreador no Cobra antes de colá-lo em Hyde.

Depois de uma boa briga, o Homem-Aranha consegue nocautear Mister Hyde e, antes que Cobra tente escapar, ele o impede. Assim, o vilão se rende e é preso.



C O M E N T Á R I O S :

Aqui se inicia o que eu chamo grosseiramente de “Saga da Corporação Brand”. Primeiro porque não é uma saga e sim uma sucessão de histórias tendo a Corporação Brand como tema maior. E segundo porque essa história com o Cobra e Mister Hyde não guarda muita ligação com a próxima, com exceção do informante Norton (o "Nariz"), que será muito importante no desenrolar dessa trama que começa a tomar a forma de resolução.

Na verdade, esse imbróglio todo com a Corporação Brand já havia começado antes. Mas isso ocorreu na revista Peter Parker: The Spectacular Spider-Man. Aqui também não é explicado o pedido de demissão de Peter como professor assistente da Universidade. Isso também ocorreu na outra revista do Homem-Aranha, escrita por Bill Mantlo na época. Não abordarei o assunto porque não quero fugir da proposta inicial (analisar a fase de Roger Stern e John Romita Jr.).

A trama, como se percebe, é bastante simples. O Homem-Aranha enfrenta dois vilões, sendo que um deles quer a morte do outro por um ato que considera traição. As cenas de luta são bem construídas, como a idéia do Aranha pregar o Cobra em uma das mãos de Hyde. Ao invés de ficar eternamente usando os mesmos personagens, o escritor Roger Stern se utiliza de uma galeria bastante diversificada de vilões do Universo Marvel.

John Romita Jr., nos desenhos, mantém o mesmo padrão das histórias passadas. Curioso que nessa época ele não ousava muito. Seus quadros parecem ter sempre a mesma diagramação, mas isso não prejudica a qualidade dos desenhos que são muito fáceis e agradáveis de se acompanhar.

Enfim, uma boa história com momentos engraçados nos diálogos do Aranha quando confronta seus oponentes. No próximo arco, termina todo o desenrolar da Corporação Brand, em um conjunto de quatro histórias com a mesma equipe criativa.

Abraço a todos!

BAMF!

6 comentários:

Anônimo disse...

É nessa historia contra o Cobra que o Aranha fala "hoje eu tô que tô"!

Bons tempos quando o Aranha era engraçado...

Noturno disse...

Hahahah... E acho que uma tradução mal feita da Abril saiu melhor que o original.

Quando o Bannon briga com o Aranha porque a máquina dele quebrou, no original o Aranha diz "What..." meio indignado.

Já na edição da Abril, o Aranha fala: "Vai pro inferno!". hahahhahahaha..

Muito bom!

flávio disse...

Cara, esse material parece ser muito interessante... Acho que vou correr atrás.

Chegou a sair TP disso em algum lugar, Noturno?

Noturno disse...

Existe um Visionaries do Roger Stern, até onde eu sei. Mas ainda não compila a fase com o JRJR não.

Pega aquela ASM 206 e algumas edições de "Peter Parker", inclusive a edição 54, que inicia toda essa história da Brand.

Abraço!

Anônimo disse...

se continuar saindo grandes clássicos do Aranha, quando chegaria nessa fase?

Noturno disse...

Grandes Clássicos está no fim dos anos 80, com histórias do Micheline e desenhos do Mcfarlane, ou seja, anos depois dessa fase. E acho que não há TPs dessa fase, infelizmente!

Abraço!