sábado, 6 de dezembro de 2008

The Amazing Spider-Man 240-241: A vingança do Abutre!

The Amazing Spider-Man 240-241.

Roteiro: Roger Stern
Desenhos: John Romita Jr.
Arte-final: Bob Layton (240) e Frank Giacoia (241)
Marvel Comics.

Antes de começar a falar sobre essa história, devo dizer que por um erro de cálculo falei que veríamos uma das histórias mais emocionantes do Homem-Aranha.

Na verdade, a história sobre a qual eu me referi fará parte do próximo arco, então peço desculpas que a hora certa dela aparecer vai chegar. hehe...
Comecemos então.


"Asas da vingança"
(The Amazing Spider-Man 240, maio de 1983).

Adrian Toomes, o Abutre, desde sua última aparição, se esconde em um lugar afastado e para pessoas ricas. Lá ele descobre sobre os ultimos feitos do Homem-Aranha e que Gregory Bestman, seu ex-sócio que passou a perna nele, está de volta aos negócios. Assim, ele decide voltar para Nova York.



Em sua casa, Peter tem um pesadelo com os seus inimigos que confrontou recentemente. Ele acorda e decide ir visitar sua Tia May.

Entrementes, Amy Powell (a modelo que tem um relacionamento aberto com Lance Bannon, o fotógrafo do Clarim rival de Peter) tenta encontrá-lo em seu apartamento mas não consegue chegar a tempo.

No caminho até a casa de sua tia, o Homem-Aranha passa pelo Laborátorio onde ocorreu o acidente lhe conferiu seus poderes e relembra sua origem pela milésima vez. Ele tem alguns momentos de melancolia, relembrando sua adolescência dificil até chegar até a casa da Tia May.

A boa velhinha conta que Anna Watson vem visitá-lo. Anna é a tia de Mary Jane, com quem Peter se casaria anos depois.

Enquanto isso, o Abutre chega até a Expotécnica (High Tech Expo, na edição original) e empreende um ataque ao local a fim de se vingar de Gregory Bestman (ver mais sobre ele na segunda parte dessa história).

Na casa de Tia May, Peter vê pela TV a notícia sobre o ataque do Abutre. Nathan, no namorado de Tia May, se revolta com a lembrança do último encontro dos dois, já que os dois quase se tornaram amigos.

O Homem-Aranha vai até o local e convence os policiais a deixá-lo agir. Ele adentra o Expotécnica e ele e o Abutre lutam.

O Aranha leva um choque por conta de raios disparados de uma sala. Com isso, fica atordoado mas, mesmo assim, tenta capturar seu inimigo. Ele até consegue segurar o pé de Gregory Bestman mas o refém o chuta e o herói se desprende dos dois.



O Abutre consegue então capturar Greg Bestman e o Homem-Aranha fica atirado no chão, inconsciente.


"No começo..."
(The Amazing Spider-Man 241, junho de 1983).



Os policiais relatam todo o ocorrido na edição passada e encontram o Homem-Aranha no chão. Para a surpresa de todos (os presentes, e não os leitores, hehe...), o herói está vivo.

O policial briga com o Homem-Aranha por ter deixado o Abutre escapar com um refém. O Aranha pega o rádio do policial e sai à procura do vilão. O policial pega outro rádio e grita com o Homem-Aranha que diz: "Um pouquinho mais alto e nem precisaríamos de um rádio" (hahahaha... muito bom!).

O Aranha revela que colocou um rastreador no Abutre e que precisará do rádio para conseguir seguir os impulsos que ele emite.

Entrementes, Anna Watson e Mary Jane chegam na cidade. Anna diz que (Tia) May as acolherá em sua casa, mas Mary Jane diz que possui muitos amigos e recusa a oferta.



Em outro lugar, o Abutre é avistado e a polícia é avisada. O Homem-Aranha recebe a notícia pelo rádio que pegou do policial e pega uma carona debaixo de um helicóptero da polícia até Staten Island.

Enquanto os policiais procuram o Abutre na floresta, o Homem-Aranha segue os impulsos do seu rastreador em um silo (do dicionário: tulha alta, cilíndrica, para armazenagem de cereais ou qualquer outro material), local onde o Abutre observa a ação policial.



O Abutre revela a Greg Bestman que eles estão no local onde ele foi trabalhar assim que este último o traiu nos negócios. Ele relembra a criação de uma empresa de eletrônicos que ambos fundaram e que Greg Bestman lhe omitia informações e ficava com a maior parte dos lucros.

Sem que soubesse da trapaça de Bestman, Adrian Toomes desenvolvia uma armadura com ondas eletromagnéticas que acabaram energizando seu corpo. Assim que descobriu a farsa, ele segurou seu sócio pelos braços e descobriu que tinha força superior que jamais teve em toda sua vida. Ele criou então as asas para dar estabilidade em seu vôo.

Ainda se lembrando do seu passado, ele descobriu que Bestman ia mal nos negócios sozinho e viu uma nota dizendo sobre a venda da empresa. Adrian Toomes então se torna o Abutre e decide destruir todo o aparato de Bestman para que ele fique arruinado. Ele se sentiu muito bem destruindo tudo, principalmente no escritório de Greg, onde ele viu o dinheiro de seu ex-sócio guardado e o roubou. Assim, ele entrou em uma nova carreira... o crime!

E assim, quando ele descobre que Greg Bestman havia voltado aos negócios (na edição passada), ele decidiu dar cabo de seu ex-sócio.
Antes, porém, que ele fizesse alguma coisa, o Homem-Aranha aparece.



O Aranha revela ao Abutre que todo o relato que ele fez a Greg sobre sua história foi ouvido pelo rádio da polícia que ele pegou emprestado. O Abutre tenta escapar saindo do silo e, a fim de empreender sua vingança, voa alto e joga Bestman lá de cima.

O Homem-Aranha cria o uma rede de teia que o salva. Ele vai atrás do Abutre na floresta e quando se encontram, os dois lutam. O Homem-Aranha cria uma armadilha para o vilão e o surpreende retirando o seu aparelho de alimentação de energia das suas costas.



O Homem-Aranha o prende em uma teia e entrega o vilão aos policiais. Greg Bestman acha que escapou ileso mas o policial diz que ouviu toda a história pelo rádio e que, por mais que não possam fazer nada pelo que ele fez no passado, provavelmente seus novos negócios também podem conter condutas ilícitas e que isso será investigado... para o desespero do empresário!

Ao longe, uma câmera fotográfica prendida a galhos de uma árvore registra tudo.

No dia seguinte, quando Parker sai do Clarim, Amy Powell finalmente consegue encontrá-lo pessoalmente e o convence a tomar um café com ela. De longe, Lance Bannon (com quem Amy tem um relacionamento aberto) vê toda a cena e pensa que é hora de fazer algo a respeito.



C O M E N T Á R I O S :

Esta história é mais um belo exemplo de como os vilões clássicos podem ser bem aproveitados, assim como mostrar muito conteúdo em apenas duas edições.

Volto a dizer que não sou contra histórias mais longas, mas para mim elas deveriam existir desde que tenham algo a mostrar. Esta trama com a volta do Abutre, por exemplo, é feita na medida certa e, inclusive, reaproveita boa parte da origem do vilão acrescenta novos elementos (como o retorno de Greg Bestman à atividade empresarial).

Particularmente, me sensibilizei com a revolta de Adrian Toomes (não conhecia com detalhes a origem Abutre, pois minhas leituras estão atrasadas). É até justificável que ele se revolte, de modo que nesta trama não há uma vítima no sentido estrito do termo.

O Homem-Aranha continua com seu bom humor característico (existem fases do herói que é puro drama) com cenas hilárias dele chamando o Abutre de "Vultch" (algo como "Bubu", hehehee...).

Os desenhos do Romitinha estão ótimos como sempre, e destaco a cena em que Anna Watson e Mary Jane estão chegando a nova York, em que o desenhista esconde o rosto de Mary Jane até o último quadro onde ela reaparece linda!

A subtrama envolvendo Amy Powell e Lance Bannon continua sendo desenvolvida e, nas próximas edições, veremos como ela será conduzida.

A fase de Roger Stern e John Romita Jr. começa, infelizmente, a se aproximar de seus momentos finais.

Abraço a todos!

BAMF!

6 comentários:

Anônimo disse...

apesar do Abutre ser um vilão clássico do Aranha e dessa ser realmente uma ótima história, a melhor participação do personagem, imho, foi na história "...e então você morre", do Demolidor, escrita pelo Denny O'neal e desenhada pelo Mazzuchelli

Anônimo disse...

De todos os vilões do Aranha, o Abutre é o que menos gosto. Não sei dizer porque, mas o velho Adrian nunca me cativou. Apesar de ter boas histórias com ele.

Anônimo disse...

Quem o Peter tava beijando quando a MJ chega pra entregar as chaves do AP dele?

Lembro que li essa historia quando criança e achei muito engraçado.

Matheus 90 disse...

Romitinha dos bons tempos.
Olha que diferença em relação a sua arte atualmente!

flávio disse...

Já tá acabando? Poxa, é uma pena. Os textos estão excelentes. Nota-se a paixão do Stern pelo personagem, e toda a dedicação que ele colocava nas histórias...

Eu tenho criado raiva de histórias longas, em que tramas que mal sustentariam 22 páginas duram 6 edições, mas, como você disse, há situações em que elas possuem propósito. Exemplo recente? Rise and Fall of the Shiar Empire, que poderia ter sido resumida em 6 edições, mas, com 12, a história cresceu, houve espaço para maior desenvolvimento dos personagens e suas dinâmicas.

Anônimo disse...

Gruenwald, Stern e Mantlo eram ótimos escritores, não entendo porque nunca tiveram a fama de um Claremont ou um Byrne.