segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

The Amazing Spider-Man 249-251: Encerramento.

The Amazing Spider-Man 249-251.

Argumento: Roger Stern
Roteiro: Roger Stern (249-250) e Tom DeFalco (251)
Desenhos: John Romita Jr. (249-250) e Ron Frenz (251)
Arte-final: Dan Green (249), Klaus Janson (250-251)
Marvel Comics.

“Segredos”
(The Amazing Spider-Man 249, fevereiro de 1984)

O Homem-Aranha está em seu apartamento quando, de repente, é interrompido por uma garota chamada Shirley. Ele estava acabando de tirar sua roupa de Homem-Aranha mas, por sorte, a garota estava sem lentes e coloca os óculos logo depois que ele tira a parte de cima do uniforme.

Depois de tocar a garota para fora de sua casa, ele coloca uma roupa pra lá de suspeita! Vejam:



Ele vai até a mansão do casal Harry Osborn e Liz Allen, local onde eles promovem uma festa. Lá, ele se reencontra com Mary Jane e de repente pressente um perigo, mas não consegue identificá-lo. Esse perigo é Beyonder, que o levaria até as Guerras Secretas após a edição 251!

No Clarim, J.J. Jameson conta para Marla que alguém descobriu seu segredo com relação à criação do Escorpião (que foi financiada por ele) e resolveu chantageá-lo. Na festa, Harry Osborn recebe um envelope parecido com o que Jameson recebeu na cena anterior e sai com sua moto sem dar satisfação para sua esposa Liz.

Peter vai atrás de Harry a pedido de Liz e, quando o encontra, Harry conta que recebeu um envelope de alguém que diz saber que Norman Osborn foi o Duende Verde. Peter relembra toda a história envolvendo o Duende Verde e pede para que Harry entre no jogo do chantagista até eles descobrirem a verdadeira intenção dele.

Assim, os dois vão ao Country Club de Nova York. Lá, Peter avista o Rei do Crime e caem suas suspeitas de que seria o Duende Macabro. Ao mesmo tempo, o recepcionista recebe mais dois sócios do clube: o financista George Vandergil e o empresário da moda Robert Kingsley.



Todos os figurões, dentre eles J. J. Jameson, vão a um auditório esperar o chantagista. Quando Harry Osborn entra na sala, todos pensam que é ele o autor das chantagens, mas as cortinas de abrem e o Duende Macabro surge dando as boas vindas a todos!



O Duende Macabro revela que sua aparente morte (clique aqui para saber mais sobre essa história) foi uma armação e que agora quer parte dos rendimentos periódicos de cada um dos presentes em troca dos segredos ilícitos que cada um guarda.

Na tubulação de ar, o Homem-Aranha presencia tudo escondido, mas seu sentido de aranha não o alerta de nenhum perigo, o que o deixa encucado.

Quando Jameson se rebela, Harry confronta o Duende e lhe dá um soco, revelando que o vilão na verdade é um robô. Robert Kingsley diz:

“Então o verdadeiro Duende Macabro pode estar em qualquer parte! E-ele até pode ser... um de nós!”
Mas logo depois, outro Duende Macabro aparece quebrando as janelas. O Aranha sai da tubulação e os dois começam a brigar. Ele diz ao seu adversário em determinado momento: “Abóboras de novo? Muda o cardápio, Dudu!”. Hahahahah... muito bom! O Homem-Aranha é derrotado com uma abóbora de gás aperfeiçoada pelo Duende Macabro. Antes de desmaiar, o Aranha tenta jogar um rastreador no Duende, mas não consegue.

Quando está prestes a matá-lo, o Rei do Crime joga uma bandeja que bloqueia o raio do vilão. O Rei manda o vilão ir embora, e o Duende respeita a ordem dada. Antes de sumir de vista, o Rei pega o rastreador no chão e joga no planador do vilão.

O Rei acorda o Homem-Aranha e conta sobre o rastreador. Ele diz que está ajudando o herói porque ele pressente que, com o tempo, o duende pode interferir nos seus negócios.

O Homem-Aranha precisa do sentido de aranha para poder localizar seu rastreador mas, no momento, não consegue por conta do gás que o Duende Macabro jogou nele.

“Confissões”
(The Amazing Spider-Man 250, março de 1984)



Os empresários chantageados, dentre eles Robert Kingsley, cercam o Homem-Aranha na sala de reuniões do Country Club, dizendo que o Duende vai aumentar o preço da chantagem graças ao herói. Hehehe...

Harry procura Peter no auditório e Jameson fica envergonhado e não olha para o Aranha. Ninguém chama a polícia, pois todos temem que seus negócios ilícitos sejam descobertos. Peter e Harry vão a um Café e este diz que o Duende Macabro parecia muito familiarizado com o Clube, ao ponto de parecer ser um sócio do local (ele está certo, já que o verdadeiro Duende estava no local com trajes civis).

O Duende Macabro descobre o rastreador do Aranha em seu planador mas não se preocupa com o fato, pois sabe do sentido de aranha pelos arquivos de Osborn. Ele se orgulha por ter aprimorado os experimentos de Norman Osborn e suspeita de que este possa ter descoberto a identidade secreta do herói.

O Homem-Aranha vai até a residência de vários dos chantageados com o intuito de descobrir algo, já que ele imagina que, caso ele descubra quem é o Duende Macabro, ele pode acabar com as chantagens. Ele não consegue nada das pessoas visitadas.

No momento em que sobrevoava a cidade (com suas teias, claro) seu sentido de aranha reaparece, avisando-o de um enorme perigo iminente (mais uma vez, Beyonder!).

O herói vai até o Clarim, onde ele e J. J. Jameson discutem. Jameson redigiu uma matéria chamada “Eu criei o Escorpião”. O Aranha fala que a carreira de Jameson estará acabada caso ele publique isto. Eles discutem e o herói fala que vai atrás do Duende Macabro e que Jameson não precisa publicar a matéria. Quando sai da sala, Jameson começa a redigir um texto.

Na casa de Tia May, Peter busca o seu “receptor direcional de rastreamento”.

Em outro lugar, mais precisamente em seu esconderijo, o Duende Macabro analisa o rastreador. Logo em seguida o Homem-Aranha aparece e os dois brigam. O Aranha quase consegue tirar a máscara do Duende, mas leva um soco e é afastado.

O Duende Macabro usa suas armas contra ele que, por acidente, atingem as anotações de Norman Osborn. Os documentos pegam fogo, para o desespero do Duende. Ele joga uma abóbora no maquinário de seu esconderijo e manda tudo pelos ares!

No Clarim, Jameson pede para que alguém vá ver o incêndio que se instaurou no local da briga do Homem-Aranha. Ele também dertermina que se publique uma matéria que ele acabou de escrever!

“A Derradeira Batalha”
(The Amazing Spider-Man 251, abril de 1984)



O Duende Macabro acorda primeiro que o Aranha no local da explosão. Ele lamenta ter perdido todas as anotações de Norman Osborn e bate no herói. Depois, o vilão adentra em um furgão blindado e o atropela! Bem, quase...

Ele despista os carros da polícia, mas o Homem-Aranha se encontra escondido debaixo do furgão.
O herói aparece na frente do carro, quebra o vidro blindado do carro do Duende Macabro, causando medo no vilão pela primeira vez! O Duende joga o furgão em um Café local da cidade, arrebentando as paredes! A polícia chega logo em seguida e começa uma perseguição!

O Duende Macabro acha que matou o Homem-Aranha na batida do fugão no Café, mas o herói havia pulado para cima do carro. Ele usa toda sua força para entrar no furgão, rompendo a porta de entrada da parte de cima do veículo. Os dois se enfrentam e o Aranha ainda está sem o seu sentido extra-sensorial, o que o deixa em desvantagem!

Quando quase é derrotado pelo vilão, o sentido de aranha volta no último segundo! E assim o Homem-Aranha toma vantagem na luta. Enquanto os dois brigam, o furgão é pilotado no piloto automático. O veículo atravessa a cidade e vai até o cais da cidade em alta velocidade, o que acaba fazendo com que ele caia nas água e começa a afundar, com os dois confrontantes dentro!



O Duende Macabro se compara com Norman Osborn, dizendo que este era louco e que isso (sua sanidade) é o que o torna superior a Osborn! O furgão está prestes a explodir por conta da água que já começa a adentrar o veículo! O Homem-Aranha sai do furgão mas não consegue levar o Duende Macabro junto com ele!



O Duende Macabro diz que se descobrirem seu segredo será a ruína dele e de sua família. Ele desaparece nas águas...

O Homem-Aranha vai atrás do corpo do Duende Macabro mas só descobre a máscara que, num jogo de luz, sorri para ele!



No Clarim, o Homem-Aranha tenta confortar Jameson dizendo que a ameaça do Duende Macabro finalmente se foi. Mas Jameson diz a ele que publicou a matéria (“Eu criei o Escorpião”) e que está deixando o cargo de editor-chefe do jornal. Ele apresenta Joe Robertson como o novo editor. Jameson ainda é o dono do Clarim e que, por conta disso, ele diz ao Homem-Aranha que o herói não vai ser poupado, já que o aracnídeo age como um fora-da lei, fazendo justiça com as próprias mãos. Jameson deixa sua ex-sala. O Homem-Aranha parabeniza Joe pelo novo cargo.

Observação: As cenas a seguir não foram publicadas na edição nacional pelo fato de a minissérie Guerras Secretas ter sido publicada muito antes do tempo relacionado à cronologia do personagem.

Peter conversa com Harry a respeito do Duende Verde e que, agora que os arquivos foram destruídos, ninguém mais poderá saber o segredo de Norman Osborn.

Logo em seguida, ele sente seu sentido de aranha disparar novamente, mas desta fez consegue identificar de onde está vindo a sensação: o Central Park. Ao chegar lá, ele parte para o evento chamado Guerras Secretas! E assim se iniciaria uma nova era na vida do Homem-Aranha!

C O M E N T Á R I O S :

E aqui se encerra a brilhante fase de Roger Stern e John Romita Jr. na revista Amazing Spider-Man! Tivemos de tudo: muita ação, drama, comédia na dose certa, boas tramas, enfim, tudo o que uma revista de publicação contínua pede. Confesso que ao reler toda essa memorável fase do herói aracnídeo, me bateu uma sensação de vazio ao final, porque é impossível não comparar com o que foi produzido desde então.

Mas antes de falar sobre a fase como um todo, e a fim de dar um toque de unidade a tudo o que tenho para escrever sobre o antes e o agora, primeiro vamos passar o olho sobre esse arco final.

Uma palavra resume tudo: eletrizante! É isso o que eu consigo imaginar quando penso nessas edições finais. Para mim, ficou parecendo um belo e excelente final de temporada, em uma batalha muito bem construída entre o Homem-Aranha e o Duende Macabro! Sinceramente, penso que essa "batalha final" entre os dois é quase cinematográfica de tão bem conduzida!

Esse clima de "final de temporada" pode ser percebido na cena em que a máscara do Duende sorri para o herói (no jogo de luz) no final da última edição. Para mim, fica claro que em uma outra oportunidade o vilão voltaria para, mais uma vez, enfrentar o herói e, quem sabe assim, encerrar e resolver todo o mistério por trás de sua verdadeira identidade. Mas as coisas nem sempre saem conforme o esperado.

Reparem que logo no início desta resenha descritiva/crítica (uma das últimas desse blog nesse sentido), os créditos já mostram que Roger Stern não ficou até o final para contar sua história. A edição 251 da revista Amazing Spider-Man já conta com o ex-editor da revista, Tom DeFalco, cuidando da parte do roteiro (caixa de recordatórios e diálogos), o que é uma pena.

Tom DeFalco é um bom escritor, bem tradicional, e criou uma fase bem interessante em Amazing Spider-Man (a próxima edição já iniciaria a Era do Uniforme Negro, após o evento chamado Guerras Secretas), mas comparando os rumos que a revista tomou, para mim Roger Stern fez um trabalho superior.

Engraçado é que podemos perceber que tudo começa aos poucos, no achado do esconderijo secreto de Norman Osborn e, logo em seguida, o Homem-Aranha e o Duende Macabro já estão se defrontando! O clima de mistério se instaura e os dois têm sua derradeira batalha dentro de um veículo percorrendo a cidade em alta velocidade! Excelente!

Sobre o mistério envolvendo a verdadeira identidade do vilão, restou aos roteiristas que sucederam Roger Stern a tarefa de desvendá-lo e o fato ocorreu de uma maneira que Stern não havia planejado originalmente. Seria revelado várias edições à frente dessa batalha que o repórter do Clarim, Ned Leeds, era o Duende Macabro original. Leeds morreria assassinado pelo mercenário Jason Macendale (o vilão conhecido como Halloween), que tomaria para si a identidade de Duende Macabro.

Anos depois, Roger Stern voltaria para contar a história a respeito da verdadeira identidade do vilão, na excelente minissérie chamada Spider-Man: Hobgoblin Lives, desenhada por Ron Frenz e com uma brilhante arte-final de ninguém menos que George Pérez!

O Duende Macabro na verdade foi Robert Kingsley que, caso vocês tenham percebido, representou um dos figurões que estavam sendo chantageados na audiência com o Duende Macabro! Foi ele o autor da fala: “Então o verdadeiro Duende Macabro pode estar em qualquer parte! E-ele até pode ser... um de nós!”. Curioso, não? Um mistério que, caso Stern tivesse tido mais tempo para escrever as histórias do Homem-Aranha (ele saiu por conta de divergência com o editor-chefe da Marvel, Jim Shooter), poderia ter sido melhor desenvolvido.

Tenho a impressão de que a edição de aniversário de 250 edições da revista Amazing Spider-Man originalmente seria produzida com o dobro de páginas, mas por conta da saída dos autores envolvidos (notadamente Roger Stern que não chegou a concluir a história com roteiro próprio), ela foi desmembrada de maneira que o verdadeiro clímax do mistério envolvendo o Duende Macabro foi resolvido não na edição especial, 250, mas na seguinte (251). Mas tudo isso não passa de especulação. Aliás, Stern também seria responsável pelo argumento da edição 252 de Amazing Spider-Man, mas como ela inicia uma nova era na vida do herói (que seria desenvolvida por Tom DeFalco), ela não será objeto de análise neste espaço.

E assim, com certo clima de melancolia, encerramos as resenhas envolvendo essa que é considerada uma das melhores fases do Homem-Aranha! Ao lado dos X-Men, o Homem-Aranha é um dos personagens preferidos do autor deste Blog de maneira que não será difícil encontrarmos outras resenhas envolvendo o herói no futuro. Obrigado!

BAMF!

6 comentários:

Anônimo disse...

Sem dúvida, essa fase deixa saudades... uma equipe criativa de primeiro nível com Roger Stern e Romitinha... coisa rara!!!

Anônimo disse...

Roger Stern é muito bom; Como disse antes, também reli essas histórias exaustivamente, quando meu passatempo preferido era esperar o "pacotinho verde" da Abril como minhas revistas da Marvel. Não sabia dessa mini do Stern, vou correr atrás pra ler.
No mais, parabéns Noturno pelo trabalho competente.

Anônimo disse...

Muito bom Noturno!

Entretanto, tenho uma duvida: essas histórias foram publicadas em Superalmanaque Marvel #1, certo? Como as capas foram usadas em Homem-Aranha 70 e 71, da Abril, estou em dúvida agora.

Anônimo disse...

Acho que algumas delas sairam no Superalmanaque, mas como não tenho mais formatinhos :( não posso confirmar

Noturno disse...

Olá amigos. Eu também no momento estou sem as revistas aqui, mas assim que der eu tento encontrar a resposta!

Obrigado pela visita!

Anônimo disse...

Ahhh... os bons tempos.