sexta-feira, 13 de março de 2009

Uncanny X-Men 475-486: A Ascensão e Queda do Império Shiar.

A Ascensão e Queda do Império Shiar.
(Uncanny X-Men 475-486, julho de 2006 a julho de 2007)

Roteiro: Ed Brubaker
Desenhos: Billy Tan, com Clayton Henry
Arte-final: vários
Marvel Comics.

O arco A Ascensão e Queda do Império Shiar tomou as edições 475 à 496 da revista Uncanny X-Men. Nela, o escritor Ed Brubaker retoma de onde parou na minissérie Gênese Mortal. As edições são desenhadas por Billy Tan no que se refere à trama principal e por Clayton Henry com relação nas partes envolvendo o vilão Vulcano.

A equipe conta com Xavier, Noturno, Garota Marvel II (Rachel Grey), Destrutor, Polaris e Darwin. Xavier e Darwin se separam do grupo no meio do arco, quando o primeiro é capturado.

Parte da mitologia da entidade Fênix é resgatada com o a presença de Korvus, um alienígena que possui uma espada (que lembra a do Cloud de Final Fantasy VII) que detém um centésimo do seu poder. Na história, Korvus e Rachel se sentem bastante próximos em razão desse fato.

Vulcano continua mais poderoso do que nunca, com Brubaker parecendo querer mostrar para os leitores o quão temível ele é. Seu status muda no final do arco, quando ele se casa com Rapina e, manipulando as convenções do império, se torna o novo Imperador.

Nessa saga, Xavier também recupera seus poderes depois de ser jogado no Cristal Mikraan e ser salvo por Darwin.

Particularmente, achei esse arco um pouco arrastado. Ele possui bons momentos de interação dos personagens, a equipe escolhida por Brubaker não é ruim, mas para uma história que deveria mostrar a “Ascensão” e “Queda” deste famoso império do Universo Marvel, o resultado fica muito aquém da pretensão que o título se refere.

Penso que a saga se estendeu demais, com um início meio arrastado e com um final corrido por conta da pré-condição de que a história teria que contar com, necessariamente, doze capítulos. Se por acaso os editores tivessem deixado Brubaker simplesmente ter contado sua história no ritmo certo, poderia ter resultado em algo de melhor qualidade (Obs: na época, Brubaker iria ficar apenas nessas 12 edições, tendo em vista que logo depois Mark Millar assumiria os títulos mutantes, o que acabou não ocorrendo e fazendo com que Brubaker prorrogasse sua “estadia” em Uncanny X-Men).

Os desenhos de Billy Tan são bons e limpos, porém nada extraordinários. Vê-se que ele vem evoluindo à medida em que surgem novos trabalhos para ele na Marvel. Seus primeiros trabalhos em Uncanny X-Men eram bem inferiores ao que se vê em “Ascensão e Queda”. Clayton Henry cobre as edições envolvendo Vulcano (boa sacada para cobrir o ritmo de Billy Tan, que não segura uma mensal sozinho) e também traz uma arte boa e aceitável para uma revista contínua.

Tirando minha opinião pessoal de que nos títulos principais dos X-Men deveria haver uma equipe de personagens a ser desenvolvida pelos autores, no final desta saga vemos a equipe se dividir novamente e, infelizmente, a continuação (e não o final) dessa trama envolvendo Vulcano e o Império Shiar ficou para uma minissérie à parte, qual seja, “X-Men: Imperador Vulcano”, que contou com outra equipe criativa. No próximo arco de Uncanny, Brubaker utiliza outro grupo de X-Men em um arco passado na Terra e que não guarda nenhuma relação com este, a não ser no que se refere à qualidade da trama.



Abraço a todos!

4 comentários:

James Figueiredo disse...

Olha, Neto, vou te contar, esse primeiro ano e meio do Brubaker nos X-Men foi, pra mim, bastante decepcionante.

Primeiro, ele completou a transformação do Xavier num filho da puta total em Deadly Genesis, e depois ficou UM ANO enrolando com esse arco que não termina, e ainda desemboca em uma mini-série que TAMBÉM não termina, que só deve se concluir esse ano, com War of the Kings. Argh.

E eu tenho um pet-peeve especial com esse arco, que é a total "estupidificação" da Rachel. Faz-se toda aquela onda em cima da espada do Corvus, que é uma mera fração do poder da Fênix, e a Rachel, avatar da Força Fênix, e que poderia dizimar o império Shiar sem maiores problemas, não é mais que um saco de pancada e interesse amoroso do restolho Korvus...

Abração,
J.

James Figueiredo disse...

Ôu, o senhor chora que eu não comento, mas quando eu comento, fico falando sozinho, é?
Tsc, tsc...

Noturno disse...

Calma, James, eu não tinha visto o aviso no meu email que você tinha comentado! heheeh...

Concordo com você com relação ao Xavier que perdeu toda credibilidade com os X-Men. E a história além de não ter fim ainda é mesmo arrastada com um final apressado.

Sobre a Rachel, bem para mim a Fênix de verdade é a Jean Grey, e essa Rachel atual não me lembra muito aquela que eu lia há uns anos atrás. Parece outra pessoa que só está ali pra cobrir a ausência da Jean.

Abração!!!! E comente sempre senão eu volto a chorar. hehehehe...

Noturno disse...

Hoje, 02.04.2009, editei as imagens e a formatação do texto.