sexta-feira, 3 de julho de 2009

Uncanny X-Men 504: “Lovelorn” (Parte 01 de 04).

“Lovelorn”
(Uncanny X-Men 504, 2009)

Roteiro: Matt Fraction
Desenhos: Terry Dodson
Arte-Final: Rachel Dodson
Marvel Comics.

Após o confronto e posterior vitória contra o ex-integrante dos Satânicos, Empata, e seu recém-criado Culto do Inferno, os X-Men celebram sua vitória. Na ocasião, Ciclope descobre que sua primeira ex-esposa, Madelyne Pryor, está viva.

Nesta primeira parte do arco “Lovelorn”, Madelyne Pryor continua seu recrutamento para a formação da Irmandade de Mutantes (“Sisterhood” no original, no sentido de só haver mulheres no grupo). A nova integrante do grupo é Espiral.

Fora esse pequeno interlúdio, o escritor Matt Fraction começa a desenvolver três tramas paralelas. A primeira diz respeito ao personagem Colossus, que ainda está abalado com a morte de Kitty Pryde. Os amigos notam a mudança de comportamento de Piort e o aconselham a resolver seus demônios internos. Colossus logo presencia um encontro com um mutante que fez parte do seu passado.

Enquanto isso, Emma Frost entra na mente de Ciclope e, após percorrer os contornos de sua psiquê (travestidos de belas mulheres por quem ele já teve algum “olhar furtivo”), ela encontra a “caixa preta” de Scott. Esta caixa preta, ensinada a ele por Jean Grey, contém os segredos de Ciclope e, como podemos perceber pelas mulheres que perambulavam sua mente, as ruivas estão dentro dela. Scott se nega a mostrar o conteúdo da caixa para Emma alegando questões de segurança.

Já em Buenos Aires, Argentina, Fera e Anjo contatam o Dr. Nemesis, um genial e genioso caçador de super-nazistas, para que ele ajude-os a resolver o problema da dizimação de mutantes ocorrida depois do Dia M.

Ao final da edição, os X-Men assistem a uma reportagem em que Simon Trask, líder da organização “Humanidade Já” faz um pseudoterrorismo sobre o eventual nascimento de algum mutante na cidade do telespectador, fazendo um paralelo com o que ocorreu em Cooperstown, no Alasca, no evento Complexo de Messias.



E assim começa o arco “Lovelorn”, no qual Fraction vai contar três histórias paralelas e inserir uma porção de participações especiais de mutantes residentes em São Francisco. Quer gostem ou não, é assim que será a dinâmica dos personagens de agora em diante, com uma certa centralização em alguns deles. Já disse em mais de uma oportunidade que prefiro uma equipe fixa a um “exército” de mutantes.

As tramas criadas por Fraction, para mim, não soam muito interessantes e conforme veremos ao longo das quatro partes deste arco, veremos que o desenvolvimento dado a elas pelo escritor, pelo menos nesse início de sua carreira solo em Uncanny X-Men, não é muito o que eu gostaria de ver no título.

Os desenhos de Terry Dodson são um alento para o que veio antes: o Greg “Copy” Land. Percebo um contorno forte nos desenhos, uma clareza quanto ao que está acontecendo e é uma pena que Terry e sua esposa Rachel (a arte-finalista) não consigam fazer doze edições anuais e serem os únicos responsáveis pela arte da revista.

Se pudesse dar uma nota à edição 504 de Uncanny X-Men, eu daria um 5, porque ao mesmo tempo em que ela não empolga, também não é ruim. Um meio termo que não justifica ser acompanhado por quem não é fã dos personagens.

PS: “Lovelorn” é uma palavra à qual não consegui encontrar uma palavra em português semelhante. Esperemos ver como será batizado o arco aqui no Brasil daqui alguns meses. Trata-se de um sentimento de alguém que vai mal no campo amoroso; alguém que perdeu um amor ou se sente desolado seja por ausência ou pela perda de alguém querido. No caso da história, Colossus.

Abraço!

Um comentário:

Anônimo disse...

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