segunda-feira, 6 de julho de 2009

Uncanny X-Men Annual 02: Rainha Branca, Reino Sombrio.

Rainha Branca, Reino Sombrio
(Uncanny X-Men Annual 02, Março de 2009)

Roteiro: Matt Fraction
Desenhos: Mitch Breitweiser (sequências do presente) e Daniel Acuña (sequências do passado)
Marvel Comics.

Este Anual da revista Uncanny X-Men traz um pouco mais de conspiração ao universo dos X-Men. Com uma trama envolvendo o passado e o presente, o escritor Matt Fraction coloca o personagem Namor mais próximo da causa mutante. Para quem não sabe, Namor é considerado o primeiro mutante no universo Marvel.

No passado, após conseguir o posto de Rei Negro do Clube do Inferno, Sebastian Shaw resolve reestruturar o Círculo Interno e está à procura de um Rei Branco. Após descartar Tony Stark em um evento social do Clube, ele se interessa em colocar Namor neste posto.

A recusa de Namor causa revolta em Shaw. Este então manda Emma Frost manipulá-lo, mas ela resolve ficar com ele em Atlântida. Sebastian Shaw então pede para que Donald Pierce utilize os Sentinelas para que os robôs capturem Namor e a Rainha Branca. Após descobrir que os Sentinelas eram parte do plano de Shaw e que este não almeja o poder sobre os mutantes, mas sim sobre todo o mundo, Emma tem sua mente apagada e Namor jura vingança a Shaw.

Como Emma Frost teria restabelecido sua memória quando se recuperava do primeiro ataque que sofreu da Fênix, no presente, ela procura Namor após a reunião com Norman Osborn e, em troca da lealdade do príncipe submarino para com a causa mutante, ela dá cabo de Sebastian Shaw... ou quase isso.

Apesar de ser mais um retcon que mexe com a cronoligia dos X-Men, eu gostei dessa edição, principalmente pela forma como o escritor Matt Fraction usa a personagem Emma Frost, tanto no passado quanto no presente. A conversa dela com Ciclope, em que ela desliga o celular antes de ouvir o “Te amo” de Scott, bem mostra a geniosidade da personagem. Também fica uma certa dubiedade em suas atitudes, quando do reencontro dela com Namor. Para todos os efeitos, agora os dois tiveram um caso no passado.

Gosto muito do Clube do Inferno e o grupo de vilões foi bem utilizado neste Anual. Sebastian Shaw, Selene e Donald Pierce são ótimos vilões quando bem utilizados. Pena que hoje eles estejam meio esquecidos ou, pior, sendo mal utilizados, como por exemplo, Pierce que foi o antagonista do péssimo arco de estreia dos Jovens X-Men.

A forma como Emma Frost engana Namor bem evidencia o quão perigosa e não confiável ela é, ainda nos dias de hoje. A captura de Sebastian Shaw por Emma por “crimes contra os mutantes” será desenvolvida por Fraction nas histórias posteriores de Uncanny X-Men.

Quanto à arte, Mitch Breitweiser faz as sequências do presente e lembra um pouco o estilo de Alex Maleev (voltado a um público mais adulto), só que piorado. Não é um estilo que agradará a todos, mas o teor conspiratório da trama se adequou à sua arte, na minha opinião.

Daniel Acuña, responsável pelas sequências do passado, faz um bom trabalho. O estilo de Acuña já foi por mim observado quando ele desenhou um arco do Lanterna Verde. Eu havia gostado bastante e, aqui nos X-Men, por se tratar de uma edição especial que se refere ao passado, acho que sua arte cumpriu bem esse papel. Não espero que ele desenhe as aventuras contemporâneas dos personagens. Sinceramente, acredito que seu estilo não se encaixa às histórias correntes dos X-Men, mas como disse, neste Anual sua arte serviu de diferencial quanto a época em que a história se passa.

Enfim, é uma boa edição, mas quem espera uma grande aventura de ação ou não for muito ligado a história envolvendo conspiração, certamente não gostará desta história.


Abraço!

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