sábado, 4 de julho de 2009

Uncanny X-Men 505: “Lovelorn” (Parte 02 de 04).

“Lovelorn”
(Uncanny X-Men 504, 2009)

Roteiro: Matt Fraction
Desenhos: Terry Dodson
Arte-Final: Rachel Dodson
Marvel Comics.

A notícia de que Simon Trask, líder da coalizão “Humanidade Já”, declara uma guerra santa aos mutantes, temendo que se repita em outros locais o que aconteceu em Cooperstown, se passa na íntrega no início desta edição. Em decorrência dela, surgem crimes de ódio ao redor do país, bem como a propositura de um projeto versando sobre direito de reprodução mutante.

Longe dali, Fera e Anjo agora recrutam Madison Jeffries (um mutante cujos dons são de manipulação psiônica da matéria e criação de máquinas) para integrar seu grupo de ciências visando restabelecer o gene-x antes que a raça mutante se extinga.

Depois de saber por meio de Fada que a X-23 se envolveu em uma batalha sangrenta, Emma Frost discute com Ciclope sobre o segredo de que alguns X-Men estão escondendo. Trata-se da X-Force, uma força-tarefa mutante da qual ela ignora a existência. Na mesma cena, Ciclope se preocupa com o bebê messias que viajou com Cable ao futuro (detalhe, a construção do berço no arco anterior será mostrada em uma edição da revista do Cable).

Na trama envolvendo Colossus, Piort segue os conselhos de Scott e decide integrar a gangue do seu antigo “demônio”, um mutante cujos poderes vêm das tatuagens em seu corpo. É mostrado que no passado, o pai de Piort foi obrigado a pagar suborno ao mutante para que este escondesse o segredo de que Piort era um mutante.

Por fim, logo após uma conversa com Tempestade sobre liderança, Emma decide aceitar o convite para participar do grupo que será conhecido como Cabala (ligado ao evento “Reino Sombrio” da Marvel).


O arco segue morno e parece que não vai sair desta “temperatura”. Com relação à Emma e Ciclope, parece que os dois adoram uma boa converssa. Mas é interessante observar que o segredo da X-Force está mesmo dentro da caixa preta de Scott. Este recurso da caixa preta deve ter dado segurança a ele para que esse segredo e mais outros (como as “ruivas” da vida dele) ficassem mantidos em sigilo, inclusive de sua parceira Emma.

A história envolvendo Colossus desenvolve-se lentamente mas é bom ver um pouco do passado do personagem, por meio de um retcon que não muda o status quo do personagem. O vilão criado por Fraction que representa um “demônio do passado” do personagem não tem seus poderes muito bem explicados, mas parece que ele extrai os segredos das pessoas que ele toca e, com isso, ele passa a extorquir as pessoas.

Já o recrutamento do clube de ciências do Fera continua muito chato. O início mostrando as anotações de Madison Jeffries é sofrível, não pela qualidade de escrita de Fraction, mas pelo personagem em si. Particularmente, acho que são os personagens recrutados pelo Fera que são muito chatos, mas confesso que Matt Fraction tem “as manhas” de deixar todos os personagens de QI elevado intragáveis.

Os desenhos de Terry Dodson continuam sendo um alento depois do que vimos no arco passado. Um detalhe bastante interessante é que Dodson desenha os olhos de Ciclope ao fundo de seu visor de quartso-rubi. Atente-se que poucos desenhistas se importam com esse pequeno detalhe.

A Tempestade desenhada por Dodson está “fabulosa” nesta edição, com o perdão do trocadilho. Pra quem não se lembra, Dodson foi o responsável pela minissérie da Tempestade nos anos 90, em plena era pré-Onslaught (Massacre, no Brasil). Eu detestei aqueles desenhos e, comparando o estilo de Dodson com o que vemos nesta edição, é um caso claro de uma grande evolução do desenhista.

O arco “Lovelorn” segue com uma singela interrupção: Emma Frost é convocada para participar de uma importante reunião, que será mostrada nos especiais envolvendo o evento Reino Sombrio da Marvel. É para lá que vamos a seguir antes de dar continuidade à análise da próxima edição de Uncanny X-Men.

Abraço!

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