quarta-feira, 15 de julho de 2009

Uncanny X-Men 507: “Lovelorn” (Parte 04 de 04).

“Lovelorn”
(Uncanny X-Men 507, maio de 2009)

Roteiro: Matt Fraction
Desenhos: Terry Dodson
Arte-Final: Rachel Dodson
Marvel Comics.

Na última parte de “Lovelorn”, o recém-batizado Clube-X de ciências de Fera e Anjo, composto pelos “ilustres” Dr. Nemesis, Madison Jeffries e Dr. Yuriko Takigushi enfrentam no Japão a ameaça do primo distante do Godzilla. Na batalha, para surpresa e posterior revolta de Hank, Warren se transforma no Arcanjo e aniquila o pobre animal (sobre o quesito arte com relação a esta batalha, ver mais adiante).

Em São Francisco, Colossus e Emma Frost vão ao encalço do “demônio do passado” (que não foi batizado pelo escritor) de Piort e quando Colossus imobiliza o vilão, ele contempla toda a sua desolação desenhada no peito do vilão.

Em uma reunião com a prefeita de São Francisco, Ciclope diz a ela que pretende formar um exército de mutantes (mais sobre isso também adiante).

Ao final da edição, Emma tem uma conversa com Sebastian Shaw na carceragem da base dos X-Men em Graymalkin a respeito de Namor (fatos estes ligados ao selo “Dark Reign” ou Reino Sombrio, de grande parte dos títulos da Marvel após a saga Invasão Secreta, e que guarda relação com o Anual da revista Uncanny X-Men).

A história do Colossus não empolga e não é muito bem desenvolvida, tanto que o vilão nem nome tem. As conversas entre Emma e Ciclope sobre confiança mútua já começam a ficar repetitivas já que não é só em Uncanny X-Men que eles tratam desse interminável assunto. E o Clube-X do Fera é de longe intragável. Ressalto que Fera é um dos meus personagens preferidos, só que a presença de Dr. Nemesis e companhia deixa tudo muito chato e desinteressante. Definitivamente, o escritor Matt Fraction tem um gosto pra lá de duvidoso na hora de escolher seu elenco.

Fiquei curioso para saber mais sobre como será desenvolvida a relação de Emma com Sebastian Shaw. Isso me lembra os bons tempos em que ambos integravam o Clube do Inferno. Espero que saia coisa boa daqui.

O “exército” de Ciclope está formado. Agora, qualquer X-Man pode aparecer a qualquer momento na revista, simplesmente pelo fato de que “todo mundo está na equipe”. Alguns ficarão felizes com isso. Outros, como eu, não, já que apenas os personagens centrais escolhidos por Fraction serão (mais ou menos) desenvolvidos, enquanto a imensa maioria ficará subaproveitada por falta de espaço.

Nos desenhos, Terry Dodson mantém o padrão e não inova muito, já que as ambientações são as mesmas das edições posteriores. Seu “Godzila” continua com traços de desenho animado infantil, daquele para crianças bem pequenas. E a surpreendente da aparição do Arcanjo infelizmente perdeu muito com a “luz do dia”.

A batalha do Arcanjo com o monstro gigante nem de longe trouxe o tom que a situação pedia (algo visto de forma bastante apropriada em X-Force). Aqui, parecia que saía ketchup ao invés de sangue a cada corte que o monstro levava das asas metálicas do Arcanjo. Na minha opinião, o resultado não ficou nada bom.

E assim se encerra o mediano arco “Lovelorn”, no mesmo tom que começou: morno até falar chega e, ironicamente, desolador.

Abraço!

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